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Não vai ter golpe na Caixa!

Linha fina
Empregados se mobilizam contra projeto de reestruturação imposto pela direção da empresa, que vai tirar direitos, precarizar ainda mais o trabalho e enfraquecer o banco público
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São Paulo – O recado foi claro: aqui não! Empregados da Caixa em todo o Brasil se mobilizaram nesta terça-feira 12, Dia Nacional de Luta, e paralisaram agências e centros administrativos contra o projeto de reestruturação que a direção do banco estatal vem tentando impor de forma unilateral e antidemocrática.

> Fotos: galeria da mobilização
> Vídeo: Caixa 100% pública e contra reestruturação

Em São Paulo, o Sindicato paralisou até o meio dia as Girets (gerências de retaguarda) da Penha, Ipiranga, Pinheiros, Santo Amaro e Santana. Os departamentos subordinados às Girets – responsáveis pelas áreas meio e pela sustentação das agências – serão as mais afetadas pela reestruturação e já operam muito além do limite. O último plano de expansão impulsionou o crescimento das agências em mais 30%, mas o pessoal de suporte das unidades cresceu menos de 7%.

“A reestruturação é a receita de corte de custo por meio da retirada dos direitos dos trabalhadores”, afirma Dionísio Reis, diretor executivo do Sindicato. “Isso se configura por meio de descomissonamento e a possibilidade de haver transferências unilaterais.  É um verdadeiro golpe contra o trabalhador. E nós vamos deixar claro: não vai ter golpe na Caixa!”

Negociação - Na quinta-feira 14, representantes dos empregados se reunirão com a direção da Caixa para discutir, entre outros temas, o projeto Caixa Mais Forte – que integra a reestruturação.

“A direção está apostando na redução do banco, mas nós somos propositivos. A resposta para crise deve vir por meio do crescimento do banco. Mais agências, mais empregados nas unidades e nas áreas que dão suporte, para dar melhores condições de atendimento. Passa também pela redução da taxa Selic e dos bancos, para a oferta de mais crédito à população. A Caixa é mais forte quando atinge mais gente, e é assim que a faremos”, afirma Dionísio.


Rodolfo Wrolli – 12/4/2016
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