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São Paulo – A categoria bancária é uma das que mais sofre com o adoecimento. Em média, todos os anos, cerca de 18 mil trabalhadores são afastados. Muitos, mesmo de posse de atestados médicos, arriscam sua saúde e continuam em atividade devido ao método de gestão, baseado no cumprimento de metas. A própria federação dos bancos (Fenaban) reconheceu, em mesa de negociação, que tal pressão abusiva leva ao adoecimento. Com o objetivo de mudar essa realidade, o Sindicato lançou na quarta-feira 3, no Vila Santander, a campanha Assuma o Controle.
> Vídeo: campanha estimula denúncias
“Para enfrentar metas abusivas, sobrecarga, assédio e demais fatores que afetam sua saúde, o bancário deve ‘colocar o dedo’ na gestão e influenciar seu ambiente. É essa conscientização que busca a campanha Assuma o Controle. Que o trabalhador denuncie e também proponha soluções”, destaca o diretor de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, Dionísio Reis.
“Queremos que metas sejam construídas de forma coletiva, com os bancários sendo ouvidos sobre a melhor forma de atingir objetivos sem assédio, adoecimento e com respeito às especificidades de cada local de trabalho”, acrescenta.
Após os bancos reconhecerem que a pressão abusiva leva ao adoecimento, na Campanha Nacional 2015, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria passou a contar com uma nova cláusula, cujo objetivo é melhorar as condições de trabalho. A cláusula 57 – que funciona como complemento da cláusula 56 – trata do Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, assinado entre bancos e sindicatos. “Com a assinatura, instituições financeiras devem estar comprometidas com uma cobrança de metas feita com equilíbrio, respeito e de forma positiva”, explica Dionísio.
Santander – “Uma coisa que acaba com a gente é o medo de ser responsabilizado por conta de reclamações ao Bacen. Isso massacra todo mundo”, conta uma bancária do Santander, exemplificando uma das pressões que enfrenta diariamente.
“São inúmeras queixas sobre cobrança abusiva. Outra questão é o desrespeito às prescrições médicas no retorno do trabalhador afastado. Mesmo com ordem médica para transferência de área, o banco muitas vezes não realoca o bancário, prejudicando ainda mais sua saúde”, conta o dirigente sindical e funcionário do Santander André Bezerra. “Não vendemos nossa saúde. Vendemos nosso conhecimento, nossa força de trabalho. Não podemos aceitar que colegas adoeçam”, completa o também dirigente e bancário do Santander Anderson Pirota.
Denuncie – Para denunciar a cobrança por metas abusivas, o assédio moral e a sobrecarga de trabalho, o bancário deve procurar o Sindicato por meio dos dirigentes, pelo 3188-5200, ou ainda pelo canal de denúncias (clique aqui). O sigilo é garantido. “Os trabalhadores são nossos olhos e ouvidos dentro do local de trabalho. Somente com a participação de todos, seremos capazes de avançar cada vez mais na promoção da saúde na categoria bancária”, conclui Dionísio.
Leia mais
> Baixe folder especial da campanha
Felipe Rousselet – 4/5/2016
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“Para enfrentar metas abusivas, sobrecarga, assédio e demais fatores que afetam sua saúde, o bancário deve ‘colocar o dedo’ na gestão e influenciar seu ambiente. É essa conscientização que busca a campanha Assuma o Controle. Que o trabalhador denuncie e também proponha soluções”, destaca o diretor de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, Dionísio Reis.
“Queremos que metas sejam construídas de forma coletiva, com os bancários sendo ouvidos sobre a melhor forma de atingir objetivos sem assédio, adoecimento e com respeito às especificidades de cada local de trabalho”, acrescenta.
Após os bancos reconhecerem que a pressão abusiva leva ao adoecimento, na Campanha Nacional 2015, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria passou a contar com uma nova cláusula, cujo objetivo é melhorar as condições de trabalho. A cláusula 57 – que funciona como complemento da cláusula 56 – trata do Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, assinado entre bancos e sindicatos. “Com a assinatura, instituições financeiras devem estar comprometidas com uma cobrança de metas feita com equilíbrio, respeito e de forma positiva”, explica Dionísio.
Santander – “Uma coisa que acaba com a gente é o medo de ser responsabilizado por conta de reclamações ao Bacen. Isso massacra todo mundo”, conta uma bancária do Santander, exemplificando uma das pressões que enfrenta diariamente.
“São inúmeras queixas sobre cobrança abusiva. Outra questão é o desrespeito às prescrições médicas no retorno do trabalhador afastado. Mesmo com ordem médica para transferência de área, o banco muitas vezes não realoca o bancário, prejudicando ainda mais sua saúde”, conta o dirigente sindical e funcionário do Santander André Bezerra. “Não vendemos nossa saúde. Vendemos nosso conhecimento, nossa força de trabalho. Não podemos aceitar que colegas adoeçam”, completa o também dirigente e bancário do Santander Anderson Pirota.Denuncie – Para denunciar a cobrança por metas abusivas, o assédio moral e a sobrecarga de trabalho, o bancário deve procurar o Sindicato por meio dos dirigentes, pelo 3188-5200, ou ainda pelo canal de denúncias (clique aqui). O sigilo é garantido. “Os trabalhadores são nossos olhos e ouvidos dentro do local de trabalho. Somente com a participação de todos, seremos capazes de avançar cada vez mais na promoção da saúde na categoria bancária”, conclui Dionísio.
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Felipe Rousselet – 4/5/2016
