Pular para o conteúdo principal

Últimos dias para votar nas eleições da Previ

Linha fina
Votação ainda não atingiu quórum necessário, o que pode gerar novo processo eleitoral; Sindicato apoia chapa 3 e alerta para ameaças que rondam a representatividade dos trabalhadores no fundo de pensão
Imagem Destaque
São Paulo – Terminam na sexta-feira 27 as eleições dos novos representantes para a Diretoria de Seguridade e os Conselhos Deliberativo, Fiscal e consultivos do Plano 1 e do Previ Futuro. Funcionários da ativa votam por meio do Sisbb e aposentados online pelo site da Previ ou pelos telefones 0800-729-0808 e 0800-031-0808.

Faltando somente quatro dias para o fim das eleições, apenas 42% dos participantes votaram. Para que o escrutínio seja validado, é necessário um quórum mínimo de 51% de votantes.

“Ainda faltam 20 mil participantes para atingir o quórum. Caso esse percentual não seja atingido, haverá um novo processo eleitoral. Dado o momento atual no qual os ataques aos direitos dos trabalhadores são reais, era de se esperar uma participação maior dos bancários nas questões que envolvem a todos diretamente”, avalia João Fukunaga, bancário do Banco do Brasil e dirigente sindical.

Ele refere-se ao Projeto de Lei do Senado 388/2015, que prevê que os integrantes das diretorias executivas de fundos de pensão sejam escolhidos “em processo seletivo público conduzido por empresas especializadas”.

O PLS 388 também inclui nas instâncias deliberativas e fiscais dessas entidades “conselheiros independentes”, que também seriam escolhidos por meio de processo seletivo público, e teriam paridade, em número e influência, em relação aos eleitos pelos trabalhadores participantes e aos indicados pela patrocinadora do fundo, no caso o BB.

“Esse projeto ameaça o direito de escolha dos participantes por meio de votação direta e a representatividade dos trabalhadores, pois é uma tentativa de colocar representantes do mercado nos conselhos fiscal e deliberativo. Esses diretores podem tentar aplicar políticas que  atendam aos interesses privados e não dos participantes”, destaca João Fukunaga.

> PL ataca democracia na gestão de fundos de pensão

Propostas – O Sindicato apoia a Chapa 3 Compromisso com Associados, que tem entre os integrantes Marcel Barros, para reeleição à diretoria de Seguridade, e Wagner Nascimento, para o Conselho Deliberativo.

Vídeo: Fukunaga comenta a proposta
Vídeo: Sasseron declara apoio a Chapa 3

Uma das propostas da chapa é negociar com o Banco do Brasil para que cada vez que pagar PLR aos funcionários, faça junto uma contribuição à Previ, viabilizando a criação de novo benefício. Além disso, redução de 15 para dez anos de recolhimento para requerer o complemento de aposentadoria e alterações na nomenclatura 2B para que o participante tenha maior valor de aposentadoria.

Para a nomenclatura 2B a proposta é criar condições para o trabalhador contribuir além dos atuais 7%, garantindo benefício mais elevado. Hoje essa contribuição do funcionário pode chegar a até 17%. E conforme aumenta sua participação ocorre a mesma contrapartida do BB. Assim, ao se aposentar, a pessoa tem um benefício maior. No entanto, isso depende do tempo de casa e da própria evolução na carreira.

Também é compromisso da Chapa 3 lutar para que as pessoas que saírem do banco possam resgatar tanto suas contribuições quanto a parcela do BB. Atualmente o funcionário leva o que contribuiu, mas a do banco fica para o fundo de pensão. Outras prioridades são a luta pela manutenção da gestão compartilhada, com a eleição direta de metade da diretoria e dos conselhos; lutar contra a aprovação do PLS 388 na Câmara dos Deputados e pelo fim do voto de Minerva.


Redação – 23/5/2016
seja socio

Exibindo 1 - 1 de 1