São Paulo - As demissões promovidas pelo Itaú Unibanco estão provocando revolta e motivando protestos de trabalhadores. Ao lado dos bancários, o Sindicato está organizando manifestações com o objetivo de denunciar a instituição à sociedade. Funcionários da rede de agências e com um longo histórico no banco estão entre os principais alvos. “As dispensas fazem parte de um processo perverso de reestruturação”, afirma a funcionária do Itaú e dirigente sindical Valeska Pincovai.
> Revolta aumenta no Itaú com mais demissões
> Demissão, agressão e quebra de sigilo médico no Itaú
Há informações também de cortes nos centros administrativos CAU e CTO, nas áreas de tecnologia da informação. “O Sindicato não vai aceitar esta prática. Denunciar para toda a sociedade a responsabilidade social que o banco tanto prega, mas pratica o inverso, deixando na rua tantos pais e mães de família de um dia para o outro”, destaca Valeska.
Perseguição – Mais uma demissão, de funcionária da agência personnalitté do Itaú Sumaré, motivou manifestação do Sindicato na segunda 7.
De acordo com relato feito a representantes dos trabalhadores, a bancária foi encaminhada à inspetoria da instituição financeira para esclarecer um caso de fraude, no qual não teve participação. No entanto, mesmo depois de os inspetores do Itaú tomaram conhecimento de que a irregularidade foi cometida por outro funcionário, a trabalhadora foi demitida.
“A trabalhadora foi punida, a priori, por denunciar à consultoria de RH a postura assediadora da gerência e, como retaliação, foi dispensada. E a inspetoria, mesmo diante de uma injustiça, julgou e sentenciou a funcionária sem o menor critério. Esse caso deve servir de alerta aos bancários para utilizarem o instrumento de combate ao assédio moral que o Sindicato possui, já que as ferramentas de gestão do banco não têm funcionado, pois a falta de respeito, entre outras situações, é uma constante”, critica a diretora do Sindicato Adriana Magalhães.
Carlos Fernandes - 7/5/2012
