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Transporte insuficiente e insegurança no CA ITM

Linha fina
Itaú migrou trabalhadores do CA Raposo para concentração na Vila Leopoldina, mas não levou junto a necessária estrutura de transporte e segurança
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São Paulo – Com o encerramento das atividades do CA Raposo, o Itaú migrou cerca de 1,2 mil trabalhadores, entre bancários e terceirizados, para o CA ITM. Porém, o banco não transferiu a necessária estrutura de transporte, alimentação e segurança para a concentração da Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo.

“Quem tinha vaga para estacionar no CA Raposo, hoje não tem o mesmo direito no CA ITM. Param os veículos na parte externa. Com isso, infelizmente voltaram a acontecer roubos e furtos nos arredores. Há 15 dias teve um assalto a mão armada na porta do CA ITM. Tememos que os problemas com sequestros voltem a acontecer como em 2014, quando ocorreram dez crimes deste tipo”, relata o dirigente Antônio Soares, o Tonhão.

De acordo com o dirigente, quem utiliza veículos fretados pelo Itaú também está enfrentando problemas. “Aumentou o número de trabalhadores, mas não o de veículos. Nos horários de pico, tanto para ida quanto para a saída do CA ITM, as filas são imensas. A falta de planejamento foi tão clara que, no dia 31 de maio, havia uma fila de fretados no metrô Butantã aguardando bancários para transporte até o CA Raposo, já com as atividades encerradas. Ao mesmo tempo, no CA ITM eram os bancários que faziam fila à espera dos ônibus”, critica.

Alimentação – Se já não bastasse a insegurança no entorno e os problemas de transporte, os bancários enfrentam ainda dificuldades na hora de se alimentar. No condomínio onde está localizado o CA ITM, não há restaurantes em número suficiente para atender a demanda dos funcionários. “Ou os bancários enfrentam longas filas ou são obrigados a ir até a Vila Leopoldina se alimentar. Com isso, acabam perdendo boa parte do horário de almoço”, explica Tonhão.

“É um absurdo que uma operação como a migração de 1,2 mil trabalhadores não tenha considerado questões estruturais. Reforçamos mais uma vez a cobrança, já feita há cerca de um mês, que o banco disponibilize mais veículos e garanta melhorias na segurança do entorno. Até que o banco assegure condições de trabalho adequadas, nós intensificaremos as atividades de mobilização e protestos no CA ITM”, conclui o dirigente.


Felipe Rousselet – 20/6/2016
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