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Apresenta proposta concreta, Santander

Linha fina
Em Dia Nacional de Luta, Sindicato retarda abertura de agências para pressionar banco espanhol a atender reivindicações do Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho
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São Paulo – Número insuficiente de bancários, acúmulo de função e temor de demissões foram algumas das situações narradas por funcionários do Santander durante Dia Nacional de Luta. O protesto, na terça-feira 26, foi orientado pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) para cobrar do banco espanhol propostas concretas às reivindicações do Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

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Na cidade de São Paulo agências no Centro, região da Avenida Paulista, e nas zonas norte, sul, leste, oeste e em Osasco abriram mais tarde, somente a partir das 11h. Também foram realizados protestos nas capitais Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Salvador, João Pessoa, Rio de Janeiro, Fortaleza, Florianópolis, Vitória e em diversas cidades do interior em vários estados.

“O que o Santander pode fazer por mim? Para começar é preciso ter mais bancários. Na minha agência os caixas não dão conta de tantos clientes. Quando um deles precisa se ausentar para ir ao médico, por exemplo, nem conseguimos almoçar direito”, contou uma bancária durante o protesto, fazendo alusão ao slogan publicitário do banco: “O que a gente pode fazer por você hoje?”.

A situação é denunciada por bancário de outra unidade onde o número de caixas também é insuficiente. “Tem sobrado para o gerente administrativo que precisa largar seu trabalho e ir à bateria de caixas. Ele me disse que está pesado, pois também acumula cargo de coordenador. Tudo porque as pessoas saem ou são transferidas sem que haja reposição. Essa situação deixa a todos inseguros e com medo de serem demitidos a qualquer momento.”

A diretora executiva do Sindicato e coordenadora da COE, Maria Rosani, enfatiza que o fim das demissões e mais contratações integram a pauta de reivindicações e são constantemente debatidos com o Santander.

“Temos denunciado o caos em muitas agências, com sobrecarga de trabalho que provoca o adoecimento em diversas pessoas. O Santander tem de entender que o maior patrimônio que tem é seu corpo funcional. Não há justificativas para demissões e contratar mais bancários melhora as condições de trabalho e também o serviço oferecido aos clientes. Todos ganham com isso.”

Férias – Entre as propostas que constam da pauta outra com grande apelo entre os bancários é o empréstimo de férias, com pagamento em dez parcelas sem juros.

“Tive gasto extra durante as férias há alguns meses e até agora não consegui me equilibrar financeiramente. O mês parece ser mais longo e a grana é muito mais curta quando retornamos ao trabalho. É por isso que, para ter um pouco mais de dinheiro, muita gente tira apenas 20 dias. Se tivesse esse empréstimo, com certeza, muitos colegas tirariam o tempo integral e descansariam de fato', detalha outra bancária.

Maria Rosani destaca que muitas propostas dos funcionários são de cunho social e que representariam pouco investimento do Santander para valorizar os trabalhadores. “Esse protesto foi essencial para demonstrar a insatisfação dos bancários. E outros ocorrerão até que o Santander passe a negociar com seriedade e faça proposta concreta”, acrescenta.

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Jair Rosa – 26/7/2016 
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