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Agir continua causando sofrimentos no Itaú

Linha fina
Dessa vez são bancários de agências subordinadas à Região 51 Centro; eles estão perdendo clientes para unidades digitais, mas têm metas aumentadas e prazo reduzido
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São Paulo – O Agir, programa de resultados do Itaú, continua causando sofrimento entre os bancários. As vítimas mais recentes são os funcionários da área comercial de agências da Região 51 Centro/SP. Como se não bastasse essas unidades estarem perdendo carteiras de clientes para as agências digitais, as metas aumentam, o prazo diminui e as ameaças de demissão para quem não atingir os pontos estipulados são diárias.

Segundo denúncias ao Sindicato, eles estão tendo de entregar os pontos do Agir, estipulados em 1.400, até o dia 10 de cada mês. “É um abuso! Os bancários já não conseguem atingir os pontos dentro do mês, agora extrapolaram de vez e decidiram que precisava entregar dia 10, nem na metade do mês!”, critica a diretora do Sindicato e funcionária do Itaú Valeska Pincovai.

O novo prazo e o aumento da pressão pelo cumprimento das metas começaram com a chegada de um novo superintendente regional. “Esse novo gestor tem dito que os bancários precisam se superar e se destacar, e assim tem promovido ambientes de cobrança desmedida, desrespeito e adoecimento nessas agências”, diz.

O Sindicato já encaminhou o problema à direção do banco e cobrou solução, mas até agora não recebeu resposta. “Como os bancários vão conseguir entregar as metas, e em tempo menor, se carteiras de clientes estão migrando para o atendimento digital? É um contrassenso, um desrespeito, que está levando os trabalhadores ao fundo do poço, pois eles são obrigados a se virar para não perder o emprego”, destaca Valeska.

Na pauta – A dirigente ressalta ainda que todos esses problemas vêm do fato de que o programa Agir é imposto de cima para baixo aos trabalhadores, sem qualquer discussão com o movimento sindical. “Isso inclusive é um dos itens da nossa pauta de reivindicações, que será entregue ao banco na quinta 28. Queremos que o Agir seja debatido em mesa de negociação com os representantes dos trabalhadores. Só assim poderemos corrigir essas distorções que causam tanto problema aos bancários.”


Redação – 27/7/2016
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