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Sindicato fecha agência contra demissão desumana

Linha fina
Itaú manda embora bancária doente, com atestado médico e durante as férias; unidade vai permanecer paralisada em protesto até que banco a readmita
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São Paulo – Se qualquer banco comete injustiça contra um funcionário, o Sindicato reage. Uma agência do Itaú em Itaquera foi paralisada na quarta-feira 10 em protesto contra a demissão de uma funcionária, durante as férias, e com atestado médico comprovando doença ocupacional. Essas duas condições impedem seu desligamento.

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A trabalhadora havia sido vítima de assédio moral no local em 2011. Por causa do abuso, desenvolveu doença psicológica e o atestado médico comprova a enfermidade. O Itaú também havia tentado demiti-la após aquele episódio, mas voltou atrás após intervenção do Sindicato.

No retorno ao trabalho, ainda em 2011, dirigentes sindicais a acompanharam e tiveram a promessa do banco de que não haveria retaliações contra a funcionária.

Cinco anos depois, o banco descumpriu com a promessa. A trabalhadora entrou de férias no início de julho. No dia 15, passou em consulta médica e recebeu laudo solicitando afastamento pelo INSS por problemas psicológicos. Mesmo assim, o Itaú enviou telegrama informando que ela seria demitida quando retornasse das férias, no primeiro dia de agosto.

“Ou seja, o banco não levou em conta que a trabalhadora ficou doente por causa do ambiente de trabalho à qual estava submetida e ainda a demitiu durante suas férias, revelando uma imensa falta de sensibilidade e de respeito”, critica Júlio Cesar Silva Santos, dirigente sindical e bancário do Itaú.

O Sindicato tentou reverter a decisão, mas o Itaú manteve a demissão e ainda se negou a emitir a Declaração do Último Dia de Trabalho (DUT). Sem esse documento, a trabalhadora não pode agendar perícia no INSS e requerer auxílio-doença.

“Toda essa situação está prejudicando seu quadro emocional e financeiro. Estamos protestando para cobrar sua justa reintegração. A agência vai permanecer fechada até que o banco reverta essa demissão irregular e desumana”, diz Júlio César. 

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Rodolfo Wrolli – 10/8/2016
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