Pular para o conteúdo principal

Sindicato cobra e Itaú reintegra bancária com câncer

Linha fina
Trabalhadora estava a semanas de começar a quimioterapia, quando foi surpreendida com demissão; após intervenção de dirigentes, banco reverteu dispensa
Imagem Destaque
São Paulo – O Itaú deu mais um exemplo de insensibilidade ao demitir uma bancária com 13 anos de casa que estava às vésperas de retomar o tratamento contra um câncer. Felizmente, dessa vez, o caso foi revertido: após cobrança do Sindicato, o banco voltou atrás e readmitiu a trabalhadora uma semana depois de tê-la desligado.

“O banco sabia que ela estava doente, e mesmo assim demitiu, sem qualquer justificativa. Sem emprego, a trabalhadora ficaria sem convênio médico e justamente no momento em que mais precisava dele. Seria desumano. Não fosse a intervenção do Sindicato, a bancária estaria vivendo um inferno”, destaca o dirigente sindical e funcionário do Itaú Amauri Silva.

A bancária descobriu o câncer em 2008. Em agosto do mesmo ano saiu em licença médica para se tratar e permaneceu afastada até março de 2010, quando retomou suas funções no banco. Trabalhou regularmente até outubro de 2015, quando novamente teve de se afastar para a retirada de um nódulo, mas desta vez por apenas 15 dias. Seguiu trabalhando normalmente até que foi surpreendida, em julho passado, pela demissão, sem qualquer justificativa por parte do banco, e semanas antes de recomeçar as sessões de quimioterapia para combater a doença.

Ela, então, procurou o Sindicato, que agiu imediatamente. “Conversamos com o Relações Sindicais do banco e colocamos para ele o absurdo da situação. Mandar para a rua uma funcionária dedicada, com mais de uma década de serviços prestados e quando ela mais precisava do emprego? O banco reverteu a decisão e a trabalhadora voltou para o mesmo local e a mesma função que executava antes”, conta Amauri.

Mas a atuação do Sindicato, segundo o dirigente, não para por aí: “Vamos continuar acompanhando o caso, para evitar que a funcionária sofra qualquer tipo de discriminação ou retaliação”, informa.

“Esse é nosso papel como representantes da categoria, o de lutar pelos direitos dos trabalhadores. Portanto, o bancário que se sentir desrespeitado deve agir como a trabalhadora e denunciar imediatamente ao Sindicato”, orienta o dirigente.

Os bancários podem fazer denúncias pelo 3188-5200, pelo Fale Conosco (clique aqui e escolha o setor “Site”), diretamente a algum dirigente ou pelo canal Assuma o Controle (clique aqui). 


Andréa Ponte Souza – 17/8/2016
seja socio

Exibindo 1 - 1 de 1