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Santander corta reembolso da malhação

Linha fina
Banco parou de reembolsar parte do valor pago nas academias localizadas em concentrações bancárias; Sindicato cobrou que convênio continue para funcionários que contrataram planos anuais
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São Paulo – Em mais uma decisão não negociada com os trabalhadores, o Santander cortou o reembolso de parte do valor que os seus funcionários pagam nas academias Bio-Ritmo, localizadas em concentrações como Casa, Torre e Vila Santander. A medida prejudicou, sobretudo, funcionários que contrataram planos anuais.

“Esse reembolso facilitava a rotina, já nada fácil, do bancário. Com o convênio, ele podia fazer seu exercício no local de trabalho por um preço mais acessível, não precisava se deslocar até outra academia e, com isso, ganhava segurança e tempo para ficar com a família”, explica o dirigente sindical e funcionário do Santander André Bezerra. “Além disso, com o fim do convênio, é provável que as academias tornem-se espaços ociosos”, acrescenta.

Planos anuais – De acordo com André, os principais prejudicados são bancários que contrataram planos anuais. “A pessoa contrata um plano anual para reduzir o preço da mensalidade, contando com o reembolso, e agora terá de pagar o valor integral do próprio bolso.”

O Sindicato cobrou do Santander que ao menos mantenha o reembolso para funcionários que contrataram planos anuais. “As pessoas não podem ser responsabilizadas por um prejuízo decorrente de uma decisão abrupta do banco. Quando elas firmaram o compromisso com a academia, existia o reembolso pelo Santander. Então, ele deve ser mantido até o fim dos contratos”, enfatiza a diretora do Sindicato e funcionária do Santander Maria Rosani.

“Por sua vez, os bancários devem ter esses contratos em mãos para possível conferência de cada caso pelo banco. E, caso o Santander não mantenha o reembolso, prejudicando-os nos contratos, devem denunciar ao Sindicato por meio dos dirigentes, pelo 3188-5200, ou ainda através do Fale Conosco do site (escolha o setor ´site`), orienta a dirigente sindical.

Aditivo – Segundo Rosani, esse corte do reembolso, assim como o fim do prêmio por tempo de casa e as mudanças impostas pelo Santander no plano de saúde dos funcionários, exemplifica a importância do Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), hoje em processo de negociação com o banco.

“Se essas questões estivessem convencionadas, no acordo, o Santander não poderia simplesmente cortá-las de uma hora para a outra, prejudicando os trabalhadores. É necessário que os bancários entendam a importância do Acordo Aditivo e se mobilizem para pressionar o banco por avanços. É o que temos dito na Campanha Nacional Unificada 2016: só a luta te garante”, conclui.


Felipe Rousselet – 19/8/2016
 
 
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