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Proposta: índice baixo e sem proteção ao emprego

Linha fina
Reajuste de 6,5% mais abono de R$ 3 mil, PLR nas mesmas regras do ano passado e sem garantia dos empregos não contemplam reivindicações da categoria; Comando Nacional dos Bancários indica rejeição. Negociação continua na terça sobre pontos ainda sem resposta
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São Paulo – A federação dos bancos (Fenaban) apresentou ao Comando Nacional dos Bancários, na manhã da segunda-feira 29, proposta de reajuste salarial de 6,5% mais abono de R$ 3 mil. As regras para a PLR continuariam as mesmas de 2015 e o vale-cultura seria extinto a partir de dezembro, se não for renovado pelo governo federal.

O Comando Nacional dos Bancários indica rejeição da proposta que não atende reivindicações dos bancários de aumento real, nem PLR, vales e auxílio-creche maiores, nem proteção aos empregos. E cobrou resposta para outros pontos como licença-paternidade de 20 dias, vale-refeição durante a licença-maternidade, fim da desigualdade salarial entre homens e mulheres, melhoria nas condições de trabalho, mais saúde e segurança.

“Apresentamos toda nossa pauta nos dias 18 e 19, passamos a terceira rodada, no dia 24, ouvindo e debatendo os argumentos dos bancos. Hoje deveriam ter trazido para a mesa proposta global, mas só trouxeram a econômica e ainda muito baixa. Cobramos e os bancos voltam para mesa de negociação nesta terça-feira, a partir das 14h, para responder pontos omitidos nessa proposta”, informa a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando.

“Não vamos aceitar enrolação. Uma assembleia será realizada na quinta-feira dia 1º. Se não apresentarem uma proposta digna dos bancários, os bancos podem levar os trabalhadores à greve a partir de 6 de setembro”, avisa a dirigente.

> Vídeo: comando indica rejeição da proposta

Perda real – Os 6,5% da proposta feita pelos bancos representam apenas 68% da inflação (INPC projetado em 9,57%). E, ainda, querem trazer de volta a política de abono que tanto prejudicou a categoria nos anos 1990. “Não podemos aceitar perdas nos salários, na PLR, retrocessos e desemprego entre os trabalhadores que trabalham para o setor mais lucrativo do Brasil”, reforça a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva.

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Cláudia Motta - 29/8/2016
(Atualizada às 16h54)

 
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