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BB nega várias reivindicações e não faz proposta

Linha fina
Segunda rodada de negociações específicas da Campanha 2016 mostra que trabalhadores do banco público terão de se mobilizar para obter conquistas
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São Paulo – Não à incorporação de escriturários ao Plano de Cargos e Remuneração (PCR), não à adoção do índice de 6% nas faixas da carreira de antiguidade, não para novas contratações, não também para o pagamento de Verba de Caráter Pessoal (VCP) para funcionários envolvidos em processos de reestruturação. Essa avalanche de negativas marcou a postura dos representantes do Banco do Brasil na segunda rodada de negociação que discute a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), na manhã de terça 30, em São Paulo. Não há data para nova negociação.

“Tínhamos a expectativa de que o banco viria com disposição de negociar e que apresentasse proposta global às reivindicações. O que ocorreu, no entanto, foi um festival de negativas e a tentativa de adiar o debate de temas importantes. Isso mostra claramente que os trabalhadores terão de se mobilizar para forçar o BB a mudar de postura”, afirma o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga, convocando os bancários a participar da assembleia da categoria que ocorre na quinta-feira 1º de setembro, a partir das 19h, na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, próximo a estação Sé do Metrô).

BB Digital - Também foi negada a adoção da Norma Regulamentadora 17 (NR 17) para os trabalhadores do BB Digital. A norma estabelece, entre outras medidas, pausa de dez minutos para cada 50 trabalhados para, por exemplo, quem fica por tempo prolongado em atendimento telefônico.

Os dirigentes sindicais criticaram a postura do banco e insistiram que o BB Digital deve ser discutido com prioridade. Apontaram que este projeto está sendo usado como forma de ameaça de descomissionamento e cobraram providências para melhorar as condições de trabalho, principalmente em relação a quem tem jornada até as 22h. O BB não se posicionou aos argumentos, afirmando que também não fará o pagamento de substituições de trabalhadores que ocupam esporadicamente cargo de superior hierárquico. Além disso, que será mantido o descomissionamento por ato de gestão.

“Vamos insistir nessas questões. Principalmente nas agências digitais, que se não forem tomadas medidas urgentes, podem se tornar verdadeiras fábricas de adoecimento de funcionários”, disse o coordenador da comissão de empresa, Wagner Nascimento.

Economus - Foi recusado, ainda, negociação específica sobre a situação deficitária do Economus (responsável pela previdência complementar e assistência à saúde dos funcionários oriundos da Nossa Caixa).

“Achamos um absurdo o banco não querer uma mesa de negociação para discutir o assunto. O Economus está numa situação delicada devido a gestores indicados pelo próprio BB. Carlos Célio, atual gestor da Diref (Diretoria de Relacionamento com Funcionários e Entidades), foi um desses administradores. E porque agora se negam a se debruçar para encontrar solução que não implique apenas e tão somente no repasse de contas para os participantes pagarem?”, questiona João Fukunaga.

Em estudo – Para reivindicações relativas à reclassificação de faltas greve; pagamento dos vales refeição e alimentação para as licenças maternidade e saúde; remuneração do gerente de relacionamento, os negociadores pelo BB afirmaram que há estudos em andamento e que depois dariam retorno aos sindicalistas.

Mesas temáticas – A direção do banco concorda em instalar duas mesas temáticas: uma sobre saúde e outra sobre conflitos no ambiente de trabalho. No entanto, recusou uma específica sobre os cargos técnicos. O que discutiria situação de engenheiros, advogados entre outros.

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Jair Rosa – 30/8/2016 
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