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Rejeitada na mesa proposta com índice rebaixado

Linha fina
Comando Nacional disse não aos 7% de reajuste mais R$ 3.300 de abono apresentados. Greve segue forte por aumento digno, proteção a empregos, melhores condições de trabalho. Tem nova rodada no dia 13
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Cláudia Motta, Redação Spbancarios
9/9/2016  (Atualizada às 16h04)

São Paulo – A federação dos bancos (Fenaban) voltou à mesa de negociação com o Comando Nacional dos Bancários na sexta 9, quarto dia de greve nacional da categoria, e apresentou proposta de 7% de reajuste mais R$ 3.300 de abono.

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Os representantes dos trabalhadores rejeitaram na mesa o índice rebaixado – que representa perda salarial de 2,39% à inflação de 9,62% (INPC) –, reforçando que não aceitarão que os bancos levem a categoria de volta à década de 1990. À época, essa política de reajuste abaixo da inflação com abono salarial provocou enormes perdas para a categoria.

“Voltamos a dizer: não tem crise para banqueiro, não pode ter crise para bancário. A greve tem de crescer para que a gente conquiste um bom acordo”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

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Quarto dia – Nesta sexta-feira, a greve voltou a crescer. Foram fechados 890 locais de trabalho entre agências e centros administrativos, abrangendo cerca de 50 mil bancários, em São Paulo, Osasco e região. 

No Brasil, 10.027 agências e 54 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas. Esse número representa 42,59% das agências bancárias do país e um crescimento de 14% da mobilização, na comparação com a quinta-feira 6, primeiro dia de paralisação.

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, também coordenador do Comando Nacional dos Bancários, afirma que a resposta dos bancários será o crescimento do movimento grevista em todas as regiões do país. “Nossa resposta já está dada, vamos continuar lutando e esperamos que na próxima rodada de negociação os bancos nos apresentem uma proposta decente. Unidade e mobilização não faltam à categoria, que já mostrou sua força nesta primeira semana de greve, quando batemos o recorde de paralisações no primeiro dia.”

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Nova rodada – Diante da recusa do Comando, uma nova negociação foi marcada para terça 13, às 14h, em São Paulo.

“Já avisamos que esse modelo que traz perdas para os trabalhadores não será aceito. A Fenaban precisa convencer os bancos a pagar aos seus funcionários um justo reajuste salarial. Também queremos que na terça-feira tragam resposta para outras reivindicações fundamentais para a categoria, como a proteção aos empregos, mais contratações para acabar com a sobrecarga de trabalho, melhores condições de trabalho, auxílio-creche maior, vale-refeição na licença-maternidade”, relata Juvandia, uma das coordenadoras do Comando.

BB e Caixa – O Comando também está cobrando a retomada das negociações e resposta para as reivindicações específicas dos bancos públicos.

Assembleia – Os bancários fazem assembleia organizativa na segunda-feira 12, na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, Sé), às 17h. “Os trabalhadores devem participar para ajudar a aumentar a mobilização em São Paulo, Osasco e região”, convoca a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva. Leve documento com foto e crachá do banco para credenciamento.

No mesmo dia, também na Quadra, ocorre reunião do Comando de Greve, às 16h.

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