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Caixa: prédio do Brás mobilizado na greve

Linha fina
No quarto dia de greve, bancários se mobilizaram em todo o país para paralisar o atendimento telefônico; categoria cobra aumento real, proteção ao emprego, melhores condições de trabalho, dentre outros
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Felipe Rousselet, Redação Spbancarios
9/9/2016


São Paulo – O quarto dia de greve dos bancários começou “quente” na Caixa. Em São Paulo, os bancários do prédio do Brás cruzaram os braços. Na unidade, onde estão alocados aproximadamente 2.000 trabalhadores, entre eles 350 bancários, funciona a Cerat, que centraliza o atendimento telefônico; a Ciop, responsável pelas operações imobiliárias; a Gitec, uma das áreas tecnológicas da Caixa; e a CTDI, que centralizadora dos dados e imagens das agências.

“Hoje estamos aqui para pressionar o banco por uma negociação séria. Não temos nenhuma notícia sobre uma nova rodada. A Caixa não nos chamou para apresentar proposta. Por isso, nós estamos articulados no Brasil inteiro para parar o atendimento telefônico do banco em todo o Brasil. Além de São Paulo, estamos parando no Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, locais onde temos Cerats. Além disso, paramos também CTDIs e Gitecs por todo Brasil”, contou o dirigente sindical e empregado da Caixa Francisco Pugliesi.

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Negociação - O quarto dia de greve também foi marcado por nova rodada de negociação com a Fenaban (federação dos bancos), que apresentou nova proposta rebaixada de 7% de reajuste e R$ 3.300 de abono, rejeitada na mesa de negociação.

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“Os banqueiros querem derrotar a estratégia vitoriosa dos bancários, que há mais de uma década conquistam aumento real todos os anos. Para isso acenam com o abono e querem confundir os trabalhadores, fazendo tabelinhas para dizer que o aumento alcança 15%. É uma briga ideológica colocada. O banco quer reduzir os salários, com a argumentação furada da crise. Não tem crise para banqueiro e não pode ter crise para bancário”, enfatiza o dirigente sindical.

“Não podemos aceitar nenhuma proposta que traga perdas. O mínimo para começar a conversa é a reposição da inflação. Sem isso, a greve não pode acabar”, avalia um bancário da Caixa.

Processos seletivos – De acordo com Francisco, a Caixa, com intenção de desmobilizar os trabalhadores, costuma abrir processos seletivos internos no período de greve. A suspensão desta prática é uma cobrança recorrente dos bancários.

“A gente vem cobrando a suspensão dos processos seletivos durante a greve. Muitas vezes o banco abre processos seletivos internos, sem nem mesmo existir de fato a vaga, só para tentar desmobilizar o movimento. Hoje, tivemos notícias de que será providenciada a suspensão nacional destes processos”, conta o dirigente.

Questões específicas – Os empregados da Caixa possuem uma extensa pauta de reinvindicações específicas, ainda não respondidas pela direção do banco público.

“A Caixa precisa contratar mais e respeitar a jornada. O banco está fazendo uma gestão de jornada ilegal, com horas extras negativas. Também extinguiu a função de caixa, o que é inadmissível. Além disso, deixa todo mundo com medo com a questão da restrição do acesso a incorporação de função, colocada no RH184. Essa não é a solução. Queremos uma evolução vertical, mas também horizontal. Que os trabalhadores possam incorporar valores com o passar o tempo. A direção não pode retirar direitos. Também temos que defender a Caixa 100% Pública, revertendo valores que acumula para políticas públicas. Nossa luta é por nenhum direito a menos”, conclui Francisco. 

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