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Greve continua forte no país mesmo sob pressão

Linha fina
Em um dia marcado por atos antissindicais, trabalhadores mantém mobilização forte em todo o Brasil
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Contraf-CUT, com edição da Redação Spbancarios
20/9/2016


São Paulo - O 15º dia de greve dos bancários, realizado nesta terça-feira 20, foi também um dos mais difíceis para a categoria. Ao invés de chamar o Comando Nacional dos Bancários de volta para a mesa de negociação e apresentarem uma proposta decente, os bancos investiram em práticas antissindicais para tentar enfraquecer a mobilização. Mas não adiantou e 13.096 agências e 36 centros administrativos tiveram suas atividades paralisadas. O número representa 56% das agências do Brasil.

Em São Paulo e Osasco movimento paralisou atividades em 1.002 unidades entre agências e centros administrativos de bancos públicos e privados; 35 mil trabalhadores cruzaram os braços.

> Greve em São Paulo se mantém forte no 15º dia

Trabalhadores do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Federal, Itaú, Santander e demais bancos estão parados desde 6 de setembro. A paralisação é resposta à proposta rebaixada da federação dos bancos (Fenaban) para reajustar salários, PLR, vales e auxílios, e abono a ser pago em uma única vez, sem incidência em férias, 13º, FGTS, previdência. Todas  as demais reivindicações, como proteção ao emprego, foram respondidas pelos bancos com um sonoro NÃO.

Roberto von de Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional, salientou que o dia de hoje exigiu muita disposição de luta dos bancários e bancárias. “Os bancos usaram a velha tática de permanecerem em silêncio para que a angústia tome conta de nossa greve. No lugar de chamar negociações querem intimidar os grevistas. Limparam novamente as agências para tornar a greve invisível, pressionaram de novo os trabalhadores para furar a greve, contrataram cartórios para fazer atas e fotografar os locais com vistas a interditos, estimularam parceiros deles para que buscassem liminares contra nossa greve, em suma, mais do mesmo. Um brutal ataque aos nossos direitos pretendendo reduzir os salários de nossas famílias. E novamente os corajosos e indignados participantes desta greve de protesto resistiram. São gente de fibra. Sabem, cada um e cada uma que ‘Só a luta te garante!’”

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