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Greve continua forte e bancários cobram negociação

Linha fina
Na sexta-feira, 18º dia de paralisação, 985 locais de trabalho foram fechados e 38 mil cruzaram os braços em São Paulo, Osasco e região; trabalhadores estão dispostos a negociar e cobram proposta decente
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Redação Spbancarios
23/9/2016


São Paulo – A greve nacional da categoria bancária se mantém forte e vai continuar até que a federação dos bancos (Fenaban) chame para uma nova negociação e apresente uma proposta decente, que esteja de acordo com os altos lucros das instituições financeiras. Na sexta-feira 23, cerca de 38 mil bancários de São Paulo, Osasco e região aderiram ao movimento e pararam 985 locais de trabalho.

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Dez motivos que levaram à greve

“O setor financeiro é o mais lucrativo da economia e os bancos podem valorizar seus funcionários com reajuste digno, vales alimentação e refeição e auxílios maiores, garantias de emprego e melhores condições de trabalho. Nossa greve continuará forte na segunda-feira, até que a Fenaban chame para uma nova rodada com proposta decente”, avisa a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva.  

Apenas no primeiro semestre deste ano, o setor bancário alcançou lucro de quase R$ 30 bilhões. “Os bancos lucram mesmo em um período de recessão. Então, se não há crise para os banqueiros, não pode haver crise para os bancários. E os trabalhadores têm de se manter firmes e aderir ao movimento. Só a luta te garante”, diz Ivone.

A dirigente reforça que, até o momento, a Fenaban não chamou o Comando Nacional dos Bancários para uma nova rodada. “Estamos dispostos a negociar. A greve só acontece quando a negociação chega a um impasse. Sabemos que eles podem oferecer proposta melhor.”

Brasil - Mesmo diante de forte pressão dos banqueiros, no Brasil a greve parou 13.385 agências e 40 centros administrativos na sexta 22. O número representa 57% das agências de todo o país.

A esta altura de nossa greve, os bancos já deveriam ter percebido que, mesmo sob forte ameaça, não conseguirão derrotar nem enfraquecer a nossa luta. A truculência só fortalece ainda mais a adesão à greve de protesto, transformada em luta por dignidade e respeito. Cada bancário e cada bancária estão cada vez mais convictos de que só a luta garante avanços e direitos. E, ainda por cima, os bancos estão devendo explicações para a sociedade pelos juros cobrados, lucros exagerados e reajuste negado. Como justificar?” ressaltou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.

Apoio internacional - A luta dos bancários brasileiros ganhou apoio internacional. O Secretario Regional da UNI Europa, Oliver Roethig, enviou a seguinte mensagem: All my support and that of UNI Europa to Contraf workers striking for fair wages. Wish you a great success! Solidarity (Todo o meu apoio e da UNI Europa para os trabalhadores bancários em greve por salários justos. Desejo-lhes sucesso. Solidariedade - em tradução livre).

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