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Trabalhadores não podem pagar o pato!

Linha fina
Em sintonia com política do governo Temer, bancos querem reduzir custo do trabalho no acordo com bancários. Greve continua! Comando Nacional da categoria rejeitou proposta na mesa e permanece de plantão. Assembleia na segunda, às 17h, vai debater e orientar rumos do movimento
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Redação Spbancarios
28/9/2016 (atualizada às 6h41 de 29/9)

São Paulo - A greve dos bancários continua. Os bancos apresentaram ao Comando Nacional da categoria, nessa quarta-feira, a proposta completa de dois anos: manutenção do reajuste de 7% para 2016, com abono de R$ 3.500 – reforçando que não vão repor a inflação este ano. Para 2017 o aumento seria de 0,5% acima da inflação. A proposta foi rejeitada na mesa de negociação pelo Comando já que, além de insistir no reajuste rebaixado em 2016, não trazia qualquer avanço na manutenção dos empregos, reivindicações de saúde e condições de trabalho. Para VA, VR e auxílio-creche o reajuste também seria de 7%, abaixo da inflação, quando esses itens subiram em média 14%.

Uma assembleia será realizada na segunda 3, a partir das 17h, para debater e orientar os rumos do movimento (na Quadra, Rua Tabatinguera, 192, Sé). O Comando informou à Fenaban que manterá um plantão.

A mudança de modelo foi sugerida na nona rodada de negociação da Campanha, realizada na terça-feira 27, e encerrada nesta quarta-feira, 23º dia de greve da categoria. Em São Paulo, Osasco e região foram 836 locais de trabalho fechados, mobilizando quase 30 mil trabalhadores.

“Os bancos perderam a oportunidade de resolver a greve. Conforme dissemos ao final da reunião de terça-feira, quando a Fenaban anunciou a proposta de mudança de modelo, só poderíamos analisar se trouxesse ganhos para os trabalhadores. Como a proposta detalhada nessa quarta ainda impõe perdas aos bancários, o Comando rejeitou e a greve continua”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, umas das coordenadoras do Comando.

Greve continua – A paralisação nacional está chegando a 24 dias nesta quinta-feira. “Em sintonia com a política de ataque aos direitos dos trabalhadores pelo governo Temer, os bancos querem impor perdas, dar um golpe no reajuste dos bancários. Querem jogar o custo do ajuste fiscal para os trabalhadores das empresas públicas, que a classe trabalhadora pague o pato. Só com ainda mais mobilização vamos forçar os bancos a mudar essa proposta”, destaca a secretária-geral, Ivone Silva. “A culpa da greve é dos bancos! Os bancários reforçaram a disposição de negociar, mas os bancos novamente demonstraram seu desrespeito, tanto em relação aos seus funcionários e clientes, e toda a sociedade.”

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Dez motivos que levaram à greve

Além de centenas de agências de bancos públicos e privados, estão fechados, em São Paulo, Osasco e região, o CT e o prédio da Rua Fábia, do Itaú; a Nova Central do Bradesco; o Vila Santander. 

Comando de greve – Às 17h desta quinta-feira tem reunião do Comando de Greve no Sindicato (Rua São Bento, 413). Participe!

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