Pular para o conteúdo principal

Gestão de pessoas na Caixa retrocede 10 anos

Linha fina
Política adotada pela direção do banco remete à era FHC, quando houve cortes de postos de trabalho, terceirizações e extinção de funções; com a publicação da RH 184, o alvo agora são os caixas
Imagem Destaque
Apcef, com edição da Redação Spbancarios
28/9/2016


São Paulo – A Caixa Federal divulgou, em julho, a instrução RH 184 que cria o chamado caixa minuto – bancários que exercem a tarefa apenas por alguns momentos do dia –, mas anteriormente já havia informado por meio de circular a suspenção das nomeações de caixas. Com isso, a função está mais uma vez ameaçada, como já esteve nos anos 1990, quando a instituição adotou uma política contracionista, com cortes dos postos efetivos de trabalho, terceirização e extinção de funções, que resultou em redução de participação da Caixa no mercado, no fomento do desenvolvimento do país e o enfraquecimento do papel social do banco público.

Naquela época, sob o comando de governos neoliberais, a estatal transferiu seus serviços para lotéricas, auto-atendimento e retaguardas. Não haviam novas nomeações de empregados como caixa executivo.

Os empregados na década de 90 viveram a extinção da função e a criação do caixa/PV em condições precárias e rebaixadas. No final da década, o banco criou função de caixa flutuante, em substituição do caixa eventual, que era exercida pelos técnicos bancários (TB) e escriturários, com o curso de caixa.

Na prática, o empregado se responsabilizava pelas funções de caixa o dia todo, com o agravante de receber apenas pelo tempo em que exercia a função.

Retomada em 2006 – A Campanha Nacional dos Bancários conquistou, em 2006, a retomada da função de caixa no Plano de Cargos Comissionados (PCC), com o caixa pv e caixa retpv. Os empregados que eram executivos puderam migrar à nova função, pois a função de caixa executivo estava extinta e congelada.

Retrocesso – Após 10 anos, os empregados da Caixa vivem um retrocesso, e as consequências são bem conhecidas. Com a RH 184, os prejuízos financeiros e profissionais serão debitados nas contas dos bancários que exercem a função por minuto, que assumem responsabilidades e riscos de caixa, potencializados pelo fato destes profissionais não estarem focados em uma única atividade e não terem a prática cotidiana, em uma única operação podem perder mais que seu salário mensal.

“Os empregados estão extremamente indignados com a decisão da direção da Caixa. É a concretização da precarização do trabalho, do desmonte dos planos de carreiras e extinção das funções gratificadas”, afirma o diretor da Fetec/CUT e da Apcef/SP Leonardo dos Santos Quadros.

Campanha nacional – As reivindicações da retomada da função de caixa e a não precarização do trabalho estão na pauta especifica de negociação com a Caixa. Além da defesa do banco 100% público e por nenhum direito a menos. 
seja socio

Exibindo 1 - 1 de 1