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Bancários da Caixa têm assembleia hoje

Linha fina
A partir de 17h, empregados do banco reúnem-se na Quadra para debater rumos do movimento. Participe!
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Redação Spbancarios
7/10/2016


São Paulo – Os bancários da Caixa chegam nesta sexta-feira 7 ao 32º dia de greve. Na assembleia realizada na noite da quinta-feira 6, os empregados rejeitaram as propostas feitas pela Fenaban e as específicas do banco público e decidiram manter a paralisação em São Paulo, Osasco e região.

Greve continua na Caixa e deve ser ampliada

Na tarde de sexta 7 fazem uma nova assembleia para debater e avaliar os rumos do movimento. É a partir das 17h, na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, Sé). É necessário levar crachá do banco e documento com foto, para o credenciamento.

A maioria dos empregados do país votou pela aprovação da proposta e o fim da greve.

> Maioria das assembleias encerra greve 

“Todos os empregados da Caixa devem participar da assembleia”, orienta Dionisio Reis, diretor do Sindicato. “Temos a perspectiva do desconto dos dias parados, por isso é importante garantir o fortalecimento da greve.”

Proposta global rejeitada – Na negociação realizada na madrugada dessa quinta, os bancos haviam apresentado reajuste de 8% mais abono de R$ 3.500 em 2016, que seria pago até 10 dias após assinatura da CCT. No vale-alimentação, aumento de 15%. No vale-refeição e no auxílio creche-babá, 10%.

Para 2017, a proposta previa reajuste de reposição da inflação (INPC) mais 1% de aumento real para os salários e em todas as demais verbas. A PLR seria reajustada em 8% em 2016 e inflação mais 1% de aumento real em 2017.

O Comando havia conseguido, ainda, abono total dos 31 dias de greve. Essa proposta, no entanto, só era válida para assembleias realizadas na quinta.

Proposta específica rejeitada – Na negociação específica, a direção do banco havia atendido a reivindicação dos dirigentes sindicais, e a PLR Social, que corresponde à distribuição linear de 4% do lucro líquido entre os trabalhadores, seria mantida por dois anos.

Além disso, a proposta assegurava o pagamento da regra básica da PLR da Fenaban, de 90% do salário mais R$ 2.183,53, limitado a R$ 11.713,59 – mas ficando assegurado o mínimo de um salário ao empregado – e, ainda, do adicional de PLR, que equivale à distribuição de 2,2% do lucro líquido entre seus trabalhadores.

Se o acordo tivesse sido provado em assembleia e assinado até o dia 15, a Caixa faria o pagamento das diferenças salariais retroativas de setembro e de 60% da PLR até 20 de outubro.

A negociação havia garantido ainda um espaço de debate entre os trabalhadores e a direção da Caixa para para estabelecer critérios para o descomissionamento e tratar do fim do descomissionamento arbitrário.

A proposta também previa uma mesa para debater a volta da função de caixa e o fim do caixa minuto.

A luta dos trabalhadores também havia conquistado que a Caixa apresentasse, em mesa de negociação, os processos de remodelagem e reestruturação. Assim, os empregados teriam informações para organizar sua resistência.

Com a proposta de dois anos, estava garantido também até 2018, a PLR social e todas as demais cláusulas do acordo específico da Caixa.

“Essa é a forma de gestão baseada no terror, que leva os empregados a práticas que vão contra as normas do banco e seus próprios valores por medo de descomissionamento. Esperamos que esses colegas também se mobilizem para conseguirmos revogar a RH 184 e ampliar conquistas para todos os empregados.”

A proposta da Fenaban defendida pelo Sindicato foi rejeitada por margem estreita. “A atual conjuntura de intolerância e preconceito instalada no país, em consonância com a política de governos que tendem à retirada de direitos, trazem um cenário de isolamento e divisão dos trabalhadores. Por isso é importante nos mantermos juntos e mobilizados em defesa dos nossos direitos”, afirma Dionisio.
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