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Pesquisa aponta que 70% são contra PEC 241

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Além disso, 80% dos entrevistados rejeitam também a reforma da Previdência do governo Temer, que aumenta para 65 anos idade mínima para aposentadoria; pesquisa é da CUT/Vox Populi
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Redação Spbancarios, com informações da CUT
18/10/2016


São Paulo – Quando perguntados sobre o que acham do congelamento dos investimentos da União por 20 anos na saúde, educação e assistência social – que é o que determina a PEC 241 – a grande maioria dos entrevistados pela pesquisa CUT/Vox Populi rejeita as medidas previstas pela Proposta de Emenda à Constituição. Foram 70% os que disseram ser contrários à medida defendida pelo governo Temer. Outros 19% foram favoráveis, 6% não concordaram nem discordaram e 5% não souberam ou não responderam.

Para a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, a pesquisa mostra que quando a população se depara com o que de fato significa a PEC 241, rejeita a medida. “Essa proposta do governo Temer retira direitos, é extremamente prejudicial à população porque congela despesas com saúde, educação, assistência social agravando um quadro que deixará milhões de brasileiros desassistidos até 2037. Tira do povo, dos trabalhadores, para dar aos ricos, aos banqueiros.”

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A PEC 241 foi aprovada em primeira votação pela Câmara dos Deputados, no dia 10. Passará por nova votação na Câmara antes de seguir para apreciação no Senado Federal. “Essa PEC pode ser, inclusive, um álibi do governo Temer para acabar com o nosso vale-cultura, que deveria ser renovado para 2017. É fundamental que os brasileiros conheçam o teor da medida e façam pressão, entre os parlamentares, contra a aprovação da PEC 241”, alerta Juvandia. A dirigente orienta os cidadãos a mandar e-mail contra a medida para os deputados (clique aqui).

> Veja outra forma de mandar mensagens para deputados ou bancadas 

A pesquisa CUT/Vox Populi foi realizada entre 9 e 13 de outubro. Foram ouvidos 2 mil pessoas com mais de 16 anos em 116 municípios de todos os estados (exceto Roraima). Para obter representatividade do conjunto da população brasileira, os entrevistados foram divididos por cotas de gênero, escolaridade, renda familiar e situação perante o trabalho, todas na proporção do indicado pelos dados do IBGE (Censo 2010 e Pnad 2013). A margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

> Confira a íntegra da pesquisa

Previdência – O levantamento também constatou que 80% é contra a reforma da Previdência proposta por Temer que prevê aumentar a idade mínima de aposentadoria para 65 anos, com no mínimo 25 anos de contribuição. Dos entrevistados, 15% disseram concordar com a reforma, 4% não concordam nem discordam e 2% não sabem ou não opinaram.

“A reforma proposta por esse governo é extremamente prejudicial para os trabalhadores, principalmente os que começaram mais cedo, por necessidade, contribuíram a vida inteira e terão de trabalhar muito mais, até 15, 20 anos mais, para se aposentar”, critica Juvandia. “O Sindicato é contra essa reforma e tem uma série de propostas que não penalizam a classe trabalhadora. Combater a sonegação de impostos, taxar grandes fortunas, os dividendos dos acionistas – o Brasil é um dos poucos países que não cobra –, a remessa de lucros para o exterior. Tudo isso deve ser feito ao invés de investir contra os que mais precisam.”

Governo Temer – A maioria dos entrevistados também avalia negativamente o governo Temer: para 40% o desempenho dele é regular, para 34% é negativo. Só 11% avaliam Temer de maneira positiva e 15% não sabem ou não responderam.

Ataque a direitos – Ao analisar os resultados da quinta rodada da pesquisa CUT/Vox Populi,  o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, destacou: as propostas de Temer atacam direitos sociais e trabalhistas e indicam arrocho salarial e previdenciário sem precedentes no Brasil. São conhecidas e rejeitadas pela maioria dos trabalhadores e das trabalhadoras e isso serve de alerta para os parlamentares que estão votando a favor da retirada de direitos.

“Ao contrário do que deputados e senadores pensam”, diz Vagner, “o povo está informado, sabe que será o mais prejudicado com menos hospitais, menos médicos; e, se a reforma da Previdência passar, vai ter de trabalhar até morrer.”

Vagner também informa que a CUT vai divulgar em todo o país os nomes dos deputados e senadores que votarem contra a classe trabalhadora. “Os traidores da classe trabalhadora serão expostos cotidianamente até as eleições de 2018, podem ter certeza. Faremos de tudo para que nenhum jamais seja reeleito.”

O mesmo foi feito com os parlamentares que votaram a favor da terceirização e do financiamento empresarial das campanhas eleitorais.

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