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Banco do Brasil: não haverá função para todos

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Segundo gerentes que participaram da reunião, representantes do BB deixaram claro que muitos perderão função; Sindicato deflagra protesto e cobra garantia das verbas salariais até que todos consigam se restabelecer no quadro funcional
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Redação Spbancários
1º/12/2016 (atualizada às 12h19 de 5/12)


São Paulo – O Sindicato deflagrou mais um protesto contra a reestruturação no Banco do Brasil. Dessa vez na porta da Abimaq, na quarta-feira 30, durante reunião entre representantes do banco e gerentes gerais e gerentes de negócios das agências que serão fechadas ou virarão postos de atendimento bancário por conta da mudança imposta pelo banco.

“Somos totalmente contra o fechamento das agências e o processo de desmonte do BB”, protesta a dirigente sindical e funcionária da instituição Adriana Ferreira. “E cobramos pelo menos a garantia do salário desses colegas até que consigam se estabelecer em sua função ou função equivalente”, acrescenta.

A reunião foi realizada para esclarecer dúvidas sobre o futuro desses bancários, já que a maioria não sabe pra onde será transferida e muito menos se conseguirá manter seus cargos.

“O que apuramos após a reunião, em relatos dos participantes, é que de fato não haverá vaga para todos, podendo vários colegas ficar sem função”, informa Adriana Ferreira.

Apenas 30% do quadro de gerentes foram convidados, o que gerou apreensão no restante do quadro de funcionários, somando mais insegurança à reestruturação. “A falta de transparência e planejamento do banco está causando um clima ainda maior de pânico”, critica o dirigente sindical e funcionário do Banco do Brasil Renato Carneiro.

O que foi informado na reunião – A reestruturação proposta pela direção do banco – que pretende fechar centenas de agências e eliminar milhares de postos de trabalho –, reduzirá o número de gerentes PSO, um cargo para o qual não existe função equivalente, com a mesma verba salarial (lateralidade).

Além disso, o processo vai enxugar o número de vagas de assistentes, que terão de disputar, por meio de processo seletivo, as restantes.

Aos gerentes de negócios foram oferecidos cargos de gerente de setor na PSO, mas essa mudança acarretará em perda na verba salarial.

Ao todo, 89 gerentes-gerais ficarão sem vagas, mas para esses haverá lateralidade. As nomeações serão feitas pela diretoria ou escolhidas pela Gerência Regional de Varejo.

Não haverá agências para todos em São Paulo.

O Radar – programa criado pelo banco para dimensionar metas e avaliar desempenho dos gestores– está bloqueado por enquanto.

A prioridade será pela lateralidade e não pela praça, ou seja, se houver gerente-geral de outro estado na frente, a preferência da vaga será dele.

Após o próximo TAO especial, os funcionários poderão concorrer para voltar à rede.

O banco informou, ainda, que poderá aplicar o “esmolão”, apelido dado pelos funcionários à Verba de Caráter Pessoal (VCP) que o banco paga quando um comissionado volta a ser escriturário.

Desmonte – No dia 20 de novembro, o Banco do Brasil informou uma reestruturação que pretende fechar 402 agências e transformar outras 379 em postos de atendimento, com encerramento de 31 superintendências. A intenção é extinguir, ainda, 18 mil postos de trabalho por meio de um Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI).
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