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Empréstimo consignado do FGTS será caro

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Modalidade terá taxas mais elevadas do que as cobradas em folha dos trabalhadores do setor privado
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Redação Spbancários
7/12/2016


São Paulo – Os bancos poderão cobrar até 51% ao ano (ou 3,5% ao mês) para empréstimos consignados com garantias do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A taxa foi estabelecida pelo conselho curador do fundo.

A lei 13.313/16 possibilita ao trabalhador dar como garantia para as operações até 10% do saldo total ou 100% da multa paga pelo empregador em caso de demissão sem justa causa, que é de 40% do saldo. Após publicação no Diário Oficial, a Caixa Federal terá 90 dias para regulamentar as operações.

No entanto, a taxa máxima dessa modalidade terá custo mais elevado do que o consignado cobrado em folha dos trabalhadores do setor privado (45,2% ao ano), dos servidores públicos (27,5% ao ano) e dos beneficiários do INSS (30,3% ao ano).

“Juros tão altos em uma modalidade que oferece poucos riscos aos bancos reforça o absurdo do sistema financeiro nacional, que remunera a taxas ridiculamente baixas os correntistas que depositam na poupança, ou seja, que emprestam dinheiro às instituições, mas cobram valores exorbitantes quando emprestam”, critica Marta Soares, diretora executiva do Sindicato. “Essa discrepância que favorece apenas os banqueiros e sufoca toda a sociedade é um dos principais entraves para o desenvolvimento da economia e deve ser combatido”, acrescenta.

De acordo com a Caixa Federal, cerca de 70% das contas de FGTS têm o equivalente a apenas um salário mínimo depositado (R$ 880) e 85% têm até quatro salários mínimos (R$ 3.520).
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