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Copom volta a reduzir juros e Selic fica em 13%

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Foi o terceiro corte seguido, desta vez de 0,75 ponto percentual. Atividade econômica e inflação em baixa pesaram na decisão. Apesar da queda, juro real é quase duas vezes maior do que há um ano
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Rede Brasil Atual
12/1/2017


São Paulo – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central confirmou mais uma vez as expectativas do mercado e reduziu novamente a taxa básica de juros, desta vez com mais intensidade, em 0,75 ponto percentual, para 13% ao ano. Foi o terceiro corte seguido – os anteriores haviam sido de 0,25 ponto cada. A decisão foi unânime e sem viés.

A Selic permaneceu em 14,25% do final de julho de 2015 até outubro do ano passado, quando teve duas reduções antes da decidida na quarta-feira 11, no encerramento da reunião do Copom. Os 13% significam o menor nível em quase dois anos, desde março/abril de 2015. Em termos reais, descontada a inflação, a taxa é de 6,31%, quase duas vezes maior que há um ano, quando a Selic estava em 14,25% e o IPCA acumulado era de 10,71%.

Já se esperava uma redução maior da taxa de juros devido às previsões de que a crise econômica vai durar mais do que se previa. O anúncio feito na quarta da inflação oficial (IPCA) de 2016, em 6,29%, abaixo do teto da meta, reforçou essa expectativa.

"O conjunto dos indicadores sugere atividade econômica aquém do esperado. A evidência disponível sinaliza que a retomada da atividade econômica deve ser ainda mais demorada e gradual que a antecipada previamente", diz o Comitê, em nota divulgada ao término da reunião. "A inflação recente continuou mais favorável que o esperado. Há evidências de que o processo de desinflação mais difundida tenha atingido também componentes mais sensíveis à política monetária e ao ciclo econômico."

No comunicado, o Copom diz que avaliou reduzir a taxa básica para 13,25%, sinalizando intensidade maior para a próxima reunião, marcada para 21 e 22 de fevereiro. "Entretanto, diante do ambiente com expectativas de inflação ancoradas, o Comitê entende que o atual cenário, com um processo de desinflação mais disseminado e atividade econômica aquém do esperado, já torna apropriada a antecipação do ciclo de distensão da política monetária, permitindo o estabelecimento do novo ritmo de flexibilização."
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