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Davos debate ética em inteligência artificial

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Após UNI Global Union alertar para necessidade de convenção global sobre ética em IA, tema teve destaque no Fórum Econômico Mundial
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UNI Global Union, com edição da Redação Spbancarios
19/1/2017


São Paulo – Na Cúpula 2016 da UNI Global Union – sindicato com atuação mundial do setor de serviços, que representa 20 milhões de trabalhadores de diversas categorias profissionais em 140 países – uma centena de dirigentes sindicais de todo o mundo lançaram apelo conjunto para a criação de uma convenção global sobre ética em inteligência artificial (IA). Para a UNI, a IA deve ser desenvolvida de forma ética, transparente e sempre em benefício das pessoas. Agora, o apelo da entidade começa a ser atendido. No Fórum Econômico Mundial de Davos, em estudo sobre riscos globais, teve destaque a falta de regulamentação na IA.

Ao mesmo tempo em que a ética na inteligência artificial é tema de preocupação em Davos, foi noticiado que um grupo de bilionários do setor de tecnologia, entre eles Reid Hoffman e Pierre Omidyar, fundadores do Linkedin e Ebay, doaram milhões de dólares para financiar pesquisas na área da Ética e Governança em Inteligência Artificial.

Para Philip Jennings, secretário-geral da UNI, é positivo o fato de que o Fórum Econômico Mundial tenha se atentado para as preocupações da entidade sobre IA e que grandes corporações reconheçam a dimensão ética da análise de dados. Entretanto, o dirigente alerta que iniciativas privadas não são o meio para tornar a IA um recurso que de fato beneficie trabalhadores e sociedade.

“Iniciativas semiprivadas não são, de forma nenhuma, o meio para converter a inteligência artificial em um recurso que beneficie trabalhadores e sociedade. Nenhuma dessas iniciativas incluiu um grupo mais amplo de partes interessadas no tema. Se produzem resultados ou ideias, raramente são informadas ao público. Não é suficiente. A UNI mantém seu apelo por uma convenção mundial sobre ética em IA. Os políticos de todo o mundo devem levar a sério seu dever de cooperar com as muitas partes interessadas para que seja construída uma solução global”, destaca.

“A inteligência artificial depende de uma grande quantidade de dados. Como as coisas estão se desenvolvendo hoje em dia, um pequeno punhado de empresas detém a maioria dos dados produzidos em todo o mundo. Isso lhes confere um poder econômico e político sem precedentes. Espero levantar essas questões com líderes mundiais, em Davos, na próxima semana. A UNI Global Union exige transparência, oportunidades e responsabilidade nas decisões políticas sobre o desenvolvimento da IA e o futuro do mundo do trabalho”, conclui Jennings.
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