Pular para o conteúdo principal

Privatizada, GRU Airport inicia demissões

Linha fina
Em apenas dois dias, concessionária pretende dispensar cerca de 200 trabalhadores, equivalente a aproximadamente 15% do efetivo total
Imagem Destaque
Sindicato Nacional dos Aeroportuários, com edição da Redação
2/2/2017


São Paulo - Privatizada, a GRU Airport deu início, nessa quarta-feira 1º, a uma demissão em massa. De um total de aproximadamente 1,4 mil aeroportuários, a concessionária pretende demitir cerca de duzentos em dois dias. O processo de demissão começou pela manhã. Só no Terminal de Cargas, mais de quarenta foram dispensados.

O Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) irá reagir com força contra essa iniciativa. “Nenhuma reestruturação justificaria demitir tantos trabalhadores em atividades que exigem muita especialização e treinamento, e onde a segurança é fator crítico. É muita gente, o impacto será enorme para todos. A concessionária enxerga os funcionários como números. Não nos vê como pessoas”, afirmam os dirigentes do Sina em Guarulhos.

O Sina é solidário a todos os trabalhadores demitidos e coloca sua assessoria jurídica à disposição. Vai questionar as demissões junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e ao Ministério dos Transportes, além de pedir uma auditoria com o intuito de verificar se essa redução de mão de obra não irá comprometer a segurança operacional no aeroporto. Também irá denunciar ao Ministério Público do Trabalho, à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), e não descarta entrar na Justiça contra a concessionária.

“Os aeroportuários na GRU já vivem tendo que enfrentar o assédio moral por aumento de produtividade constante, aceitaram um reajuste aquém do necessário por conta da crise no país, trabalham por dois ou mais pois a empresa contrata menos do que deveria, e agora são ameaçados com uma demissão em massa. Precisamos refletir sobre isso. A precarização do trabalho está chegando a um ponto inaceitável. Foi pra isso que o governo federal privatizou o Aeroporto, para demitir com essa perversidade”, questiona a direção do Sina, que está indignada com essa decisão. 
seja socio

Exibindo 1 - 1 de 1