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Caixa Seguridade não fará IPO no curto prazo

Linha fina
Raphael Sanz, presidente da empresa, afirmou que oferta de ações não está mais nos planos; mobilização em defesa da Caixa 100% pública deve ser fortalecida
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Redação Spbancários
3/2/2017


São Paulo – O presidente da Caixa Seguridade, Raphael Sanz, anunciou que a oferta inicial de ações da empresa (IPO) não está mais na pauta da empresa no curto prazo. Em novembro do ano passado, o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, havia anunciado a intenção de abrir o capital da área de seguros e previdência do banco público já em 2017. Porém, de acordo com Sanz, a prioridade imediata da Caixa Seguridade mudou e o foco agora é preparar a empresa para um “novo ciclo de crescimento”.

Para o diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE), Dionísio Reis, é bem vinda a notícia de que a abertura de capital da Caixa Seguridade não está mais nos planos da instituição. Entretanto, o dirigente alerta para a necessidade de aumentar a mobilização por uma Caixa 100% Pública.

“A estratégia de desmembrar a Caixa, abrindo o capital de áreas importantes, tem o objetivo de enfraquecer e reduzir o caráter público do banco. Mesmo que se concretize o recuo em relação à IPO da Caixa Seguridade, a ameaça se mantém em outras áreas fundamentais como, por exemplo, a Lotex e a gestão do FGTS. É preciso permanecer alerta e fortalecer cada vez mais a defesa da Caixa 100% Pública. O objetivo do atual governo é submeter o banco à lógica de mercado, e não mais ao desenvolvimento do país”, critica.

Para Maria Rita Serrano, coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e recém-eleita representante dos empregados no Conselho de Administração (CA) da Caixa, o governo Temer pretende privatizar o banco público aos poucos.

“Nós derrubamos o PLS 555, que previa abrir o capital das empresas, no ano passado, e a partir daí o modelo adotado foi de privatizar as empresas públicas aos poucos, a partir de suas operações. Isso já está em andamento”, declarou em entrevista a Rede Brasil Atual.

“Se privatiza as operações e diminui o quadro de empregados, você está acabando com a empresa sem necessariamente abrir o capital ou vender num leilão da Bolsa como era feito na década de 1990. Você vai acabando com ela aos poucos”.
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