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MTST ocupa Paulista por políticas de habitação

Linha fina
Movimento exige a contratação de moradias pela faixa 1 do programa, que atende famílias com renda mensal de até R$ 1.800
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Rede Brasil Atual
16/2/2017


São Paulo – Contra as modificações no programa Minha Casa Minha Vida adotadas pelo governo Temer, cerca de 200 pessoas do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) acamparam na Avenida Paulista. Também exigem a contratação de moradias pela faixa 1 do programa, que atende famílias com renda mensal de até R$ 1.800.

O movimento promete manter o acampamento até o governo Temer garantir a retomada da contratação de moradia aos mais pobres. "Hoje não é só mais uma manifestação, nós viemos aqui para resolver. Seria melhor se os membros viessem aqui para assumir o compromisso, mas se não comparecerem, cada guerreiro que está aqui hoje terá um novo endereço", afirmou o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, durante o ato.

O MTST convocou dois atos na tarde de quarta 15. Um saiu do Largo da Batata, em Pinheiros, região oeste, e outro da Praça da República, na região central. Ambos seguiram até a sede da presidência da República em São Paulo, na Paulista. Segundo a organização, cerca de 20 mil pessoas participaram da manifestação.

Eles denunciam as mudanças no Minha Casa, Minha Vida, que prejudicam a faixa mais pobre da população e beneficiam a de maior renda. O teto para acessar o Minha Casa, Minha Vida passou de R$ 6.500 para R$ 9.000 e os limites no valor dos imóveis também aumentaram no caso de contratação da unidade habitacional com o uso do FGTS.

Em entrevista à repórter Camila Salmazio, da Rádio Brasil Atual,  Boulos afirma que as mudanças transformam o programa em uma linha de crédito imobiliário e coloca em risco o caráter social do Minha Casa, Minha Vida. "Quando você coloca o limite de renda familiar em R$ 9 mil e centra o programa nas faixas 2 e 3, que é para a classe média, sendo que 84% do déficit habitacional é de quem ganha menos de três salários mínimos. O governo Temer liquida o programa social e cria um balcão imobiliário."

A coordenadora do MTST, Natalia Szermeta, explica que os recursos para a contratação de moradia na faixa 1 do programa estão congelados desde o ano passado. "A partir da posse do Temer, o programa está estagnado, sem novas contratações. Há pouco tempo, ele anunciou 600 mil moradias, mas ele está investindo apenas em uma parcela da população, que a é de classe média."

Das 610 mil novas moradias, apenas 170 mil contratações serão destinadas à faixa 1, sendo 35 mil unidades na modalidade Entidade Rural e 35 mil para Entidades Urbanas. As outras 100 mil serão para o fundo de arrendamento residencial que funciona em parceria com os estados e municípios. 
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