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Na Praça da República, Ilú Obá de Min abre carnaval

Linha fina
Bloco de resistência afro-brasileira formado por 400 mulheres faz retrospectiva de seus 12 anos com reverência a Xangô, orixá da Justiça, algo que o Brasil e o mundo precisam, diz a fundadora Beth Beli
Imagem Destaque
Rede Brasil Atual
22/2/2017


São Paulo – As 400 mulheres que compõem o bloco de carnaval afro Ilú Obá de Min abrem o carnaval de São Paulo na sexta-feira 24, com concentração na Praça da República, na região central, a partir de 19h. Às 20h, o cortejo sairá em desfile em direção ao Largo do Paissandu. O bloco, que tradicionalmente homenageia uma mulher ou mito negro que represente a luta das mulheres por igualdade, inclusão e tolerância, este ano faz um balanço de seus 12 anos e executa composições que marcaram essa trajetória. Nesse período, entre as homenageadas estiveram a escritora Carolina Maria de Jesus (1914-1977), Nega Duda, Leci Brandão e Elza Soares.

O Ilú Obá de Min é expressão na cidade da resistência cultural afro-brasileira, e da valorização da identidade das mulheres que buscam preservar a memória das raízes que formaram o povo brasileiro. Este ano, o tema do desfile será Alaafin de Oyó, que simboliza o número 12, número de Xangô “que rege todo esse trabalho e é também o orixá da Justiça”, afirmou Beth Beli, regente do bloco, em entrevista à TV Brasil, ao destacar que este ano o carnaval será de celebração.

“Estamos precisando de Justiça no mundo, não só no Brasil”, diz ainda a regente do bloco para fundamentar necessidade de reverência a Xangô no carnaval deste ano. Os instrumentos do bloco são agogô, xequerê, djembé e alfaia, todos em harmonia para exaltar a voz das mulheres.

“O Ilú Obá de Min protege a expressão que reúne a diversidade do Brasil e a pluralidade do continente africano. Instrumentos, cânticos, toques, corporeidade. Candomblé, jongo, maracatu, afoxé, boi, ciranda, samba. Fazem a Terra tremer há 12 anos. Ancestralidade ecoa no bloco que reúne axé. O carnaval de São Paulo recebe a resistência cultural afro-brasileira”, escreveu a militante das causas negras e do feminismo preto e periférico Amanda Sthephanie, no blog Todos Negros do Mundo.

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