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Instrumento de combate ao assédio moral renovado

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Manutenção do acordo que visa coibir o assédio nos locais de trabalho é conquista dos bancários que lutaram na Campanha Nacional Unificada 2012. Assinatura nesta terça vai contar com a participação de todos os grandes bancos
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São Paulo - O combate à pressão e ao assédio moral nos locais de trabalho é hoje uma das principais preocupações dos bancários. Desde 2011, os trabalhadores contam com instrumento que visa coibir o assédio moral, conquistado na luta durante a Campanha Nacional Unificada de 2010. A última campanha garantiu sua manutenção para 2013.

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Assim, nesta terça 27, o acordo será assinado na sede da federação dos bancos (Fenaban). Já confirmaram a renovação Itaú, Bradesco, Caixa, Santander, HSBC, Safra, BIC, Votorantim, Citibank e, pela primeira vez, o Banco do Brasil. Também assinam esse Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho sindicatos e federações que decidiram aderir ao instrumento.

Previsto na cláusula 55ª da convenção coletiva, o instrumento define canal específico aos funcionários, via sindicatos, para denunciar o assédio moral.

Em São Paulo – “Nosso Sindicato foi um dos primeiros a instalar o canal para denúncias e vem fazendo trabalho árduo no sentido de apurar, acompanhar e exigir mudanças que coíbam o assédio moral e tornem o ambiente de trabalho mais saudável”, afirma a presidenta, Juvandia Moreira.

Desde a criação do instrumento, o Sindicato recebeu 860 denúncias. Desse total, 602 foram resolvidas com ação sindical (reunião no local de trabalho, protestos). Outras 224 foram enviadas ao banco pelo instrumento de combate ao assédio moral e 181 foram resolvidas. Somente 34 foram recusadas por falta de elementos. Além disso, há vários casos de bancários demitidos e que foram reintegrados devido ao programa.

“A participação dos bancários, que tomam coragem e saem do isolamento, denunciando quando sofrem assédio moral, é o que faz o projeto funcionar. Os trabalhadores precisam procurar o Sindicato e informar quando são humilhados, agredidos, isolados”, destaca Juvandia, lembrando que esse quadro leva os bancários à enfermidade, fazendo da categoria umas das que manifestam adoecimento mental, como depressão e estresse, em níveis epidêmicos.

"Esse é um passo importante porque é um instrumento de combate ao assedio moral. Não combate a pressão por metas, por exemplo, mas coibe e acaba com práticas autoritárias. Outro avanço é a forma como as metas estão sendo estabelecidas."

Denuncie – Assédio moral é a exposição repetitiva e prolongada dos funcionários a situações humilhantes e constrangedoras, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. É praticado pelos chefes contra seus subordinados, interferindo na vida do trabalhador de forma direta, comprometendo sua dignidade e relações afetivas e sociais.

> Clique aqui para denunciar casos de assédio moral

A denúncia precisa estar bem fundamentada, de forma que possa ser checada pelo Sindicato antes de ser encaminhada ao banco. O denunciante precisa se identificar, para receber retorno da entidade. Mas somente o Sindicato conhecerá a identidade do denunciante. O Sindicato tem prazo de dez dias úteis para apresentar sua denúncia ao banco, que tem 60 dias corridos para apurar o caso. Nesse período não pode haver divulgação do fato denunciado.

Os nomes dos empregados, denunciante e denunciado, são preservados. O banco deve apurar e prestar esclarecimentos ao Sindicato. As denúncias apresentadas de forma anônima, continuarão a ser apuradas fora desse programa.


Redação - 26/11/2012

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