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Protestos contra o Santander continuam

Linha fina
Na manhã desta quarta, os bancários pararam o Casa 3 para exigir o fim das demissões em massa e a reintegração dos milhares de trabalhadores já dispensados
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São Paulo – O Casa 3 parou em protesto contra as demissões em massa no Santander. Na manhã desta quarta-feira 5, os mais 1.200 bancários do centro administrativo uniram-se em solidariedade aos milhares de trabalhadores já desligados da empresa, exigindo a recontratação e o fim do processo que pode levar a 5 mil dispensas em todo o país.

> Fotos: imagens da manifestação no Casa 3

O Sindicato já apresentou denúncia ao Ministério do Trabalho e Emprego e encaminhou pedido para o MTE interfira junto ao banco pelo fim das dispensas. Uma série de agências foi paralisada esta semana e as manifestações vão continuar em todo o Brasil até que o banco atenda os representantes dos trabalhadores.


> Ministério do Trabalho foi procurado para tomar providências
> Santander: bancários param contra demissões

No Casa 3, a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, lembrou que as despesas de pessoal representam apenas 9,2% das despesas totais do banco. “E isso é bem inferior aos outros bancos brasileiros, que não estão demitindo dessa forma. É inadmissível que o Santander queira economizar com os trabalhadores. Queremos que o banco cesse todo o processo de demissão”, ressalta a dirigente, lembrando que o lucro do banco espanhol está entre os cinco maiores do Brasil.

> Clima de tensão no Casa 3

A diretora executiva do Sindicato e funcionária do Santander Rita Berlofa enfatizou durante o ato que não há justificativa para as dispensas e atribui o corte dos milhares de postos de trabalho no Brasil a um possível aumento de remessa de lucros para a Espanha. “Lá não há demissões de bancários porque existe mais proteção aos empregos, por isso o Santander quer demitir aqui. Não vamos aceitar.”

> Fotos: Dirigentes sindicais nas ruas contra as demissões
> Vídeo: Assista ao vídeo sobre o protesto

Convocatória – O Sindicato convoca os bancários demitidos para reunião na quinta-feira 6, a partir das 18h, na sede da entidade (Rua São Bento, 413).

Lucrando – Nos primeiros nove meses do ano, o banco apresentou Lucro Líquido Gerencial de R$ 4,731 bilhões, 26% do resultado global do grupo espanhol. Sua carteira de crédito atingiu o patamar de R$ 207,334 bilhões, com crescimento de 10,1% em doze meses e 0,8% no trimestre.

Os indicadores econômicos mostram que o Santander tem sua maior lucratividade no Brasil. O índice de eficiência do banco (indicador que mede a relação entre despesas e receitas) está em 43,5%. É o segundo melhor desempenho entre os cinco maiores bancos atuantes no Brasil, atrás apenas do Bradesco (42,10%). Esse índice apresentou melhora nos últimos 12 meses, passando de 46,1% para 43,5%.

A receita de prestação de serviços e tarifas bancárias do Santander cresceu 11,4% em 12 meses, chegando a R$ 7,3 bilhões nos nove primeiros meses de 2012. Apenas com essa receita o banco Santander cobre quase 160% do total de suas despesas de pessoal. É a melhor cobertura, se comparado aos cinco maiores bancos no país.

Solidariedade - Oliver Roethig, secretário regional da UNI Europa, manifestou por e-mail apoio ao Sindicato e solidariedade a todos que enfrentam o "ataque da gestão Santander" e ressaltou que as dispensas são inaceitáveis.


Cláudia Motta - 5/12/2012 (atualizada às 18h28)

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