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País antecipa meta de queda da mortalidade infantil

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Taxa de 16,8 óbitos por mil habitantes cumpre compromisso com a ONU dois anos antes do prazo limite, mas ainda é alta
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Rio de Janeiro - A taxa de mortalidade infantil no país em 2011 foi de 16,8 óbitos por cada grupo de mil habitantes, índice que supera com dois anos de antecedência meta fixada pela ONU. Ainda assim, é elevada e chega a ser três vezes maior do que em Cuba, onde é de cinco mortes por cada grupo de mil.

“É evidente que o país avançou nessa questão da mortalidade infantil, o que fez com que atingisse, com dois anos de antecedência, as metas fixadas no programa Objetivos do Desenvolvimento do Milênio [compromisso universal da Organização das Nações Unidas para a erradicação da pobreza com a sustentabilidade do planeta], mas 48% das mortes infantis no país são de crianças com idade acima do prazo de seis dias”, alertou o gerente da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2011, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Cláudio Crespo.

Crespo revela ainda que o levantamento constatou que o componente pós-neonatal (mortes de crianças com idade entre 28 e 364 dias) prevalecia no Brasil até o fim da década 1980. A partir dessa data, começou a predominar o peso do componente neonatal (precoce e tardia), que em 2011 atingiu 68,3% do total de óbitos de menores de 1 ano.

O gerente ressalta que nos países mais desenvolvidos, onde a taxa de mortalidade infantil é baixa, o percentual é sempre até seis dias e, em geral, ligado a problemas congênitos. “Então, quanto mais dias passam, mais as mortes estão ligadas a problemas sociais - o que significa que ainda há espaço para uma redução maior da taxa de mortalidade infantil no país”, disse.

De acordo com a pesquisa do IBGE, à medida que o país tem avanços nas questões estruturais relacionadas às áreas de saneamento e acesso à saúde, a tendência é que os óbitos infantis se concentrem no componente neonatal precoce (óbitos de crianças até seis dias).

Os dados do IBGE indicam ainda que dos 16,8% relativos à taxa de mortalidade infantil no país em 2011, por cada grupo de mil habitantes, 51,8% envolvem crianças até seis dias de vida. “Nos países mais desenvolvidos,a mortalidade infantil ocorre basicamente (cerca de 90%) entre as crianças até seis dias de vida – e geralmente de causas congênitas”, disse Crespo.

“É por isso que eu sustento, considerando países como os Estados Unidos e Cuba - que têm taxas de mortalidade em torno de sete e de cinco mortes por cada grupo de mil habitantes nascidos vivos – que a nossa taxa ainda é elevada. Mas, por outro lado, o país cumpriu com os compromissos das Metas do Milênio”.


Redação, com informações da Agência Brasil - 17/12/2012

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