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Diferença entre gêneros cai, mas ainda existe

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Pesquisa do Dieese/seade mostra que mulheres estão crescendo no mercado de trabalho, mas ainda não há igualdade de oportunidades instalada no país
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São Paulo - Pesquisa organizada pelo Seade/Dieese divulgada em março, Mês das Mulheres, mostra que a desigualdade de gêneros no Brasil está diminuindo, mas ainda há um importante caminho a trilhar para não haja mais diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho brasileiro.

O levantamento refere-se a seis regiões metropolitanas - Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Salvador e São Paulo - além do Distrito Federal, entre 2011 e 2012.

"Os dados mostram que estamos vencendo, mas a batalha ainda não está ganha. Por isso, temos de manter nossas forças para que o Brasil se torne livre de diferenças injustificáveis o mais rápido possível", afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

Ocupação - O percentual de mulheres ocupadas no mercado de trabalho brasileiro cresceu mais do que o dos homens - 2,5% contra 1,6%.

"O número de mulheres ocupadas cresceu em todas as regiões metropolitanas, com destaque para Recife (5,3%), Salvador (4,2%) e Belo Horizonte (3,4%)", diz o estudo. "A taxa de crescimento da ocupação feminina foi superior ao dos homens em quatro das sete regiões investigadas: Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e São Paulo", acrescenta.

No ano passado, eram 10.752 homens ocupados contra 9.046 mulheres. Entre os desempregados, 1.277 mulheres e 1.052 homens. A taxa de participação feminina foi de 46,6%, sendo maior nas regiões metropolitanas do Recife, Salvador e São Paulo, estável em Porto Alegre e menor em Belo Horizonte, Distrito Federal e Fortaleza.

A desigualdade é ilustrada também pelos dados de desemprego, apesar da diminuição entre 2011 e 2012. Em Belo Horizonte, por exemplo, 5,5% do total de homens na População Economicamente Ativa (PEA) estavam desempregados contra 8,6% das mulheres em igual condição em 2011. No ano seguinte, a relação caiu para 4,5% e 5,9%. Em Recife, o índice caiu de 10,7% para 9,8% entre os homens e de 16,7% para 14,6% entre as mulheres. Em Fortaleza os índices pouco variaram entre os dois anos: 7,3% x 7,4% para eles e 10,7% x 10,7% para elas.

Rendimento - Quadro parecido é encontrado na divisão por gênero dos rendimentos. Nas sete regiões pesquisadas, em cinco a variação de ganhos foi melhor para as mulheres, sendo que em quatro - Distrito Federal, Fortaleza, Recife e São Paulo - eles aumentaram mais para elas. Em Salvador, ambos tiveram retração na renda, mas menos representativa para elas. Por outro lado, em todas o salário médio dos homens é maior do que o das mulheres.

Se considerarmos rendimento por hora trabalhada, as mulheres também estão perdendo em todas as regiões, apesar de a diferença ter diminuído em quatro delas.

Em São Paulo, por exemplo, elas ganhavam, em média, 72,8% do total pago aos homens em 2011. No ano passado, a diferença caiu, com o índice indo para 77%. O mesmo vale para Fortaleza (75,9% x 79,9), Distrito Federal (73,9% x 77,4%) e Recife (79,1% x 81,3%). Em Belo Horizonte (82% x 79,2%) e Salvador (88,3% x 86,3%) a diferença aumentou e em Porto Alegre (79,3% x 79,3%) ficou igual.


Redação - 7/3/2013

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