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Argentina denuncia HSBC por lavagem de dinheiro

Linha fina
Administração Federal de Rendas Públicas acusa instituição financeira também de sonegação de impostos
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São Paulo – O HSBC foi mais uma vez envolvido em notícias de lavagem de dinheiro. Desta vez, o governo da Argentina fez a denúncia publicamente durante coletiva de imprensa na segunda-feira 18.

Segundo o titular da Administração Federal de Rendas Públicas (Afip) – a Receita Federal argentina –, Ricardo Echegaray, o banco está sendo acusado de lavagem no valor de 392 milhões de pesos e sonegação de impostos no valor de 224 milhões de pesos, quantias equivalentes a US$ 76,86 milhões e US$ 43,92 milhões, respectivamente, pelo câmbio oficial.

A instituição financeira não comentou o assunto e informou estar analisando o tema. Ricardo Echegaray apontou também uma série de operações irregulares por parte de instituições financeiras que teria facilitado transações no mercado de câmbio. “O HSBC é um exemplo desse tipo de conduta porque oferecia a empresas envolvidas em manobras de faturas falsas, usuárias e emissoras, um serviço consistente para efetuar depósitos de suas cobranças, produto de operações inexistentes, em uma conta associada a CUIT (equivalente ao CNPJ brasileiro) genérico, isento do imposto sobre os débitos e créditos em contas bancárias e cujos movimentos eram ocultados deliberadamente”, detalhou Echegaray durante a coletiva.

Lucro prejudicado – O lucro mundial do HSBC fechou 2012 em US$ 15,33 bilhões, queda de 14,5 % em relação a 2011 quando o resultado chegou a R$ 17,9 bilhões. Um dos motivos do lucro menor foi a multa recorde que o banco teve de pagar para encerrar processo nos Estados Unidos.

A Justiça daquele país acusava o banco de cumplicidade na lavagem de dinheiro em benefício de narcotraficantes, terroristas e Irã – país que sofre sanções por parte do governo norte-americano. A instituição financeira precisou desembolsar US$ 1,9 bilhão para se livrar do processo judicial.

EUA - O HSBC já havia sido envolvido em crime semelhante. No ano passado, o senado norte-americano acusou o maior banco da Europa de lavar o dinheiro dos carteis do tráfico de droga e de fundos suspeitos do Irã, Arabia Saudita, Ilhas Caimãs ou da Síria. Foi a segunda acusação em dez anos de contornar as regras para evitar o branqueamento do dinheiro dos cartéis ligados ao tráfico de droga.

No início deste ano, o HSBC recusou adesão a acordo entre bancos que atuam nos Estados Unidos e reguladores do setor bancário, relacionado a irregularidades na execução de hipotecas.

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Redação, com informações da Época Negócios – 20/3/2013

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