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Sindicato critica atraso em piloto de segurança

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Programa, conquistado em 2012, vai implantar dispositivos reivindicados pela categoria em agências de Recife. Número de roubos subiu quase 20% em dois anos
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São Paulo – Em mesa temática sobre segurança bancária, na segunda-feira 25, a Fenaban não apresentou argumentos plausíveis para justificar a morosidade no processo de implantação do projeto piloto. Conquista da Campanha Nacional 2012, ele prevê dispositivos reivindicados pela categoria em agências da região metropolitana de Recife.

O secretário de assuntos jurídicos do Sindicato, Carlos Damarindo, o Carlão (na foto, de azul), ressalta que o piloto havia sido acordado com os bancos na negociação coletiva do dia 27 de novembro do ano passado, mas até agora não houve disposição por parte das instituições em materializá-lo.

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“O atraso na implantação é lamentável, pois dele poderão ser tiradas ótimas experiências sobre como tornar as agências mais seguras para bancários e clientes. O Sindicato vai continuar a pressionar os bancos para que o projeto saia do papel”, afirma Carlão. A questão voltará a ser debatida em junho.

Números escondidos – Na mesma mesa temática, a Fenaban divulgou dados relativos à violência bancária. Segundo a entidade, em 2012 ocorreram 440 assaltos a banco, crescimento de pouco mais de 4% em relação a 2011 e de 19,24% em relação a 2010.

No entanto, outras modalidades de crime relacionadas a transações bancárias, como sequestro de funcionários ou a famosa “saidinha de banco”, não foram contabilizadas no levantamento.

Em janeiro, uma pesquisa realizada pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), em conjunto com o Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Sócio Econômicos), apontou que no ano passado foram mortas 57 pessoas em crimes envolvendo transações bancárias, uma média de cinco por mês com aumento de 147,8% com relação a 2010, quando 23 pessoas foram assassinadas em todo o país.

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“A nossa exigência é que a Fenaban divulgue as estatísticas dos arrombamentos de caixas eletrônicos, sequestros e saidinhas de banco, mas a entidade se recusou a tornar públicos esses dados e se limitou a discutir apenas os assaltos”, diz Carlão.

Na reunião foi acordado que a saidinha de banco e o sequestro de bancários – questões que fazem parte da negociação de segurança – retornem à pauta da próxima mesa de debate, em junho.

Mesas temáticas – O debate sobre segurança foi o primeiro da rodada de negociações iniciada nesta segunda-feira 25 entre os representantes dos bancários e da federação dos bancos. Na terça 26, o assunto será terceirização; na quarta 27, igualdade de oportunidades e combate ao assédio moral. Fechando os encontros, na quinta 28, o assunto será saúde do trabalhador.


Rodolfo Wrolli - 25/3/2013

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