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Mobilização contra transferência no Banco do Brasil

Linha fina
Sindicato busca apoio de comerciantes contra mudança de cerca de 2 mil bancários de unidades do centro de São Paulo para terreno contaminado
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São Paulo – O Sindicato percorreu hoje as ruas do centro de São Paulo para conscientizar os comerciantes da região sobre a transferência de cerca de 2 mil funcionários do Banco do Brasil e mais mil terceirizados dos complexos CSO, CSI e CSA para um prédio no bairro da Lapa.

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Foram entregues cartões aos donos de estabelecimentos com explicações sobre a transferência para que sejam assinados e entregues ao Sindicato que irá encaminhá-los à direção do banco para mostrar o descontentamento com relação à mudança. O impacto será de cerca de 3 mil pessoas a menos para a economia da região.

O jornaleiro Fabiano Carrieri, que possui uma banca no Largo da Café, acredita que o movimento no seu comércio vai cair muito com a transferência dos bancários. “O que eu não entendo é porque os funcionários do banco vão sair de um prédio próprio para um alugado”, questiona. A ideia da transferência partiu da gerência do antigo CSL, mas está parada na direção do BB em Brasília.

O funcionário do centro educacional Uniesp Carlos Alberto da Silva considera péssima a decisão da direção do BB. “Muitos alunos são funcionários do banco. Essa mudança vai prejudicar não só a faculdade como a vida pessoal e profissional desses bancários.”

O engraxate Daniel Barros da Silva acredita que toda a região central vai sofrer com a decisão. “Prejudicar os bancários não é nenhuma novidade. Agora vão mandar esses coitados embora pra Lapa. É triste, né?”

Terreno contaminado – Os dirigentes sindicais denunciaram aos comerciantes que a direção do BB pretende transferir os funcionários para um terreno onde antes havia uma fábrica da empresa alemã Siemens.

“De acordo com a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), o terreno em que se localiza o prédio (na Lapa) está contaminado, e vai continuar nessa condição até pelo menos 2040. Fora isso, naquela região há poucos restaurantes e opções de transporte público”, explicou o diretor do Sindicato Paulo Rangel.

Participação – O Sindicato ressalta que a união e a mobilização agora são fundamentais para impedir a transferência, e pede para que comerciantes assinem os cartões e os depositem em uma urna que está à disposição na portaria do Sindicato (Rua São Bento, 413).

A entidade conta com a participação de todos os trabalhadores dos complexos do Banco do Brasil no centro para barrar mais essa arbitrariedade da direção e mais esse desrespeito aos seus funcionários.

Dia Nacional de Luta – O Sindicato está convocando todos os funcionários do Banco do Brasil a participarem do Dia Nacional de Luta, em 30 de abril, contra a imposição do plano de funções, a cobrança de metas abusivas, e as ameaças de descomissionamento. Nesse dia haverá paralisação de 24 horas dos trabalhos para que o banco negocie mudanças no Plano de Função e passe a respeitar os trabalhadores.


 Rodolfo Wrolli - 10/4/2013

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