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Dilma quer projetos em consenso com trabalhadores

Linha fina
“No meu governo não vou aceitar nada que prejudique os trabalhadores", afirmou a presidenta, em reunião com a CUT e demais centrais sindicais
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São Paulo - A pauta da classe trabalhadora foi debatida com a presidenta Dilma Rousseff. No encontro com representantes das centrais sindicais na manhã dessa quarta-feira, Dilma enfatizou que não aprovará qualquer projeto sem que exista acordo entre trabalhadores, empregadores e governo, atendendo à reivindicação de estabelecer um canal de diálogo permanente.

A presidenta também afirmou que a pauta da classe trabalhadora – com itens como o combate à terceirização, fim do fator previdenciário e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução do salário – será negociada como um todo, as reuniões continuarão e o governo apresentará resposta até agosto.

“No meu governo não vou aceitar nada que prejudique os trabalhadores. Qualquer projeto que chegue até a mim que não tenha passado por um amplo processo de negociação com os representantes dos trabalhadores, será analisado com muito cuidado”, afirmou Dilma.

Um dia antes da reunião com a presidenta, CUT, demais centrais sindicais (CTB, Força, UGT, CSP/Conlutas, CGTB, CSB e NCST) e o MST decidiram organizar atos conjuntos – do movimento sindical e social – no dia 11 de julho em todo o Brasil. O objetivo é destravar a pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional e nos gabinetes dos ministérios e também construir e impulsionar a pauta que veio das ruas nas manifestações realizadas em todo o país em junho.

No encontro desta quarta, os dirigentes sindicais também debateram com a presidenta as recentes manifestações que tomaram as ruas do Brasil. Dilma admitiu que é preciso aprimorar a interlocução com as centrais e disse concordar com as críticas das ruas sobre a qualidade dos serviços públicos. Afirmou, ainda, que a pressão das mobilizações está correta e ajuda na transformação do país.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, ponderou que as melhorias só existirão com o investimento na rede pública. “O governo tem de se debruçar sobre a saúde, transporte, educação e segurança pública de qualidade. Não adianta querer melhorar privatizando. Apontamos que a resposta tem de vir do Estado e ela concordou.”

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Vagner lembra que a reunião com a presidenta não foi uma rodada de negociação da pauta das centrais, que já tem fórum quadripartite e reunião marcada para o próximo 3 de julho, quando será discutido o PL 4330/2004, da terceirização. “Foi um espaço para que discutíssemos o que está acontecendo e como devemos fazer para que o movimento crie propostas progressistas.”

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Plebiscito – A CUT irá construir uma campanha nacional pela reforma política e pelo plebiscito. Vagner destacou a importância de dar ouvido ao povo. “Qualquer político ou organização que for contra essa consulta é porque está acostumado à velha política e quer tratar esses assuntos longe da população e da classe trabalhadora, exclusivamente nos corredores do Congresso”, afirmou o dirigente, salientando também as conquistas do movimento sindical. “Nossas conquistas são resultado de mobilizações e da capacidade de organização da classe trabalhadora e não concessão do poder público. Avanços são fruto de manifestações de rua, como a que promoveremos no dia 11 de julho em todo o país. A negociação se constrói na mesa, mas apenas se efetiva com manifestação de massa.”

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Redação - 26/6/2013 (atualizada dia 27, às 10h22)

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