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BB frustra funcionários na primeira negociação

Linha fina
Direção não apresenta respostas às reivindicações específicas relativas à saúde e condições de trabalho
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São Paulo – Embora a direção do Banco do Brasil esteja com a pauta de reivindicações do funcionalismo desde 30 de julho, os representantes da instituição financeira não se posicionaram em relação às propostas dos trabalhadores na primeira rodada de negociação específica da Campanha Nacional Unificada 2013. A reunião ocorreu nesta quarta 14, em Brasília.

De acordo com Cláudio Luiz de Souza, integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários, os negociadores do banco se limitaram a protelar respostas e não se posicionaram claramente sobre as reivindicações. “Afirmamos que o lucro de R$ 10 bilhões no primeiro semestre deixou rastro de adoecimento no funcionalismo por conta da cobrança de metas abusivas e cada vez maiores”, disse.

> BB tem lucro recorde de R$ 10 bi no semestre

A essa questão, os negociadores do banco afirmaram que podem até discutir a forma de cobrança das metas, mas não concordam que elas gerem adoecimento. “Rebatemos dizendo que nas reuniões nos locais de trabalho há funcionários que afirmam estar ingerindo remédios ‘tarja preta’ em função da pressão, do assédio moral e da violência organizacional para cumprir metas”, afirma o dirigente.

Para a reivindicação de mais contratações, os representantes do BB disseram que primeiro irão fazer remanejamento de pessoal para depois verificar se realmente têm necessidade de mais contratações. “Isso mostra como a atual gestão do banco está insensível às questões do funcionalismo. A falta de bancários, principalmente nas agências, provoca sobrecarga de trabalho e também é fator de adoecimento”, disse Cláudio Luiz.

Para contornar o problema da discriminação sofrida pelo funcionário que retorna de licença-saúde e perde a função, o banco sinalizou que pode discutir uma proposta com o movimento sindical.

Outros nãos – Na reivindicação de Cassi e Previ para todos os representantes da instituição financeira se limitaram a responder que esse assunto não se resolveria neste ano, devido ao alto custo que essa medida envolve. Além disso, que a instalação de ambulatórios nas maiores concentrações era de responsabilidade da Cassi. “Só que nesse caso são os representantes do banco na Cassi, e não os eleitos pelos bancários, que dificultam a instalação desses postos médicos e de outras medidas para melhorar o atendimento ao usuário. Então, se as medidas não vão adiante é por responsabilidade da empresa”, avalia Cláudio Luiz. “Diante da postura da instituição é importante que os bancários do BB participem da passeata do dia 22 para mostrar que estão insatisfeitos e que exigem ser valorizados.”

Reunião com governo – Antes da negociação, os representantes dos trabalhadores reuniram-se com o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopez Feijóo, e relataram todos os problemas enfrentados pelo funcionalismo com a atual gestão do banco público.


Jair Rosa - 14/8/2013

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