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Caixa não apresenta dados de empregados

Linha fina
Dirigentes sindicais reagem e só retomam fórum paritário quando empresa fornecer informações detalhadas da situação nos locais de trabalho
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São Paulo – A direção da Caixa Federal voltou a frustrar as expectativas dos representantes dos bancários. Na quarta reunião do fórum paritário que discute as condições de trabalho, realizada na quinta-feira 13, em Brasília, os negociadores da empresa não apresentaram as informações solicitadas pelos dirigentes sindicais para discutir s situação na rede de agências.

A empresa havia se comprometido a apresentar nessa reunião o número de empregados por unidade, como é feito o cálculo para dimensionar o número de trabalhadores para os novos estabelecimentos, a média de horas extras feitas e em quais cargos isso ocorre com mais frequência, entre outras informações.

“Os representantes do banco alegaram que não tinham clareza naquilo que havíamos solicitado. Consideramos isso um grande desrespeito e afirmamos que só retomaremos o fórum paritário quando eles trouxerem essas informações. Isso é essencial para um debate aprofundado sobre as causas da precarização no ambiente de trabalho”, afirma o dirigente sindical Dionísio Reis.

Segundo o integrante da Comissão Executiva dos Empregados, a Caixa também tratou com descaso a situação dos setores responsáveis pela logística e estrutura da rede de agências que são: a Gilog, a Gipes e a Giseg. Nessa questão, os representantes do banco afirmaram não ter como discutir a situação por estarem preparando uma reestruturação “Deixamos claro que a abertura de novas agências não foi acompanhada pela ampliação desses setores. Dessa forma, os trabalhadores desses segmentos tiveram aumento excessivo de trabalho pois, além das novas unidades, têm de dar conta das antigas que apresentam diversos problemas estruturais”, afirma Dionísio.

Sipon dos caixas – Na reunião, a Caixa justificou ter encontrado problemas operacionais para acertar o sistema de ponto dos bancários em função de caixa. Não está havendo interrupção da rede ao término da jornada de trabalho e o banco havia se comprometido a resolver o problema até 23 de janeiro.

Os representantes da instituição financeira afirmaram que farão novo teste em agências de Brasília na sexta 14 e, caso o resultado seja positivo, o sistema que garante o funcionamento da estação única e a interrupção da rede será implementada em todo o país até 25 de fevereiro.

Horas extras – A Caixa garantiu que as agências com menos de 15 trabalhadores e empregados que optem em receber 100% de horas extras não serão prejudicadas na computação de seu resultado geral. Além disso, que os bancários que queiram receber todas as horas extras devem fazer a opção enviando e-mail ao banco.

Venda casada – Questionados pelos dirigentes sindicais, os representantes da empresa disseram que o termo de adesão repassado aos empregados para que não façam a “venda casada” foi apenas um ato administrativo, com o objetivo de deixar claro que a Caixa não permite essa prática.

Assédio moral – Os empregados voltaram a denunciar o crescimento dos casos de assédio moral na instituição financeira. A principal queixa dos empregados é a ameaça de perda de função.

A Caixa informou ser contrária a qualquer tipo de assédio moral e que, inclusive, produziu cartilha específica direcionada aos gestores com esse teor.

“A Caixa fez a adesão ao instrumento de combate ao assédio moral. Assim, é importante que os empregados façam suas denúncias para que possamos cobrar medidas eficazes do banco contra chefias que teimam em desrespeitar os subordinados”, acrescenta Dionísio.

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Jair Rosa - 13/2/2014

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