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Atendimento ao afastado é prejudicado no Itaú

Linha fina
Quem está de licença enfrenta problemas para entregar documentos após fechamento de balcão
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São Paulo – O atendimento a funcionários no balcão do Itaú do Centro Administrativo da Praça Patriarca, fechado desde 2 de janeiro, tem trazido sérios contratempos aos bancários licenciados que precisam entregar documentos sobre afastamentos. Todas as solicitações devem agora ser entregues diretamente ao gestor imediato.

Segundo denúncias feitas ao Sindicato, a mudança tem causado grande demora. A lentidão é tanta que afastados têm recebido telegramas com a mensagem de que devem entrar em contato com o banco, sob pena de demissão ou abandono de emprego.

De acordo com as dirigentes sindicais Marta Soares e Valeska Pincovai, o atendimento tornou-se moroso porque gestores não estão preparados para receber os documentos, que tratam de assuntos complexos, como descrições médicas.

“Agora o envio é por fax e e-mail. Muitas vezes, os documentos estão ilegíveis por se tratar de atestados médicos e o atendimento ao afastado, que já não era bom, passou a ser um total descaso”, afirma a secretária de Saúde do Sindicato, Marta Soares.

A recepção de comunicados de adoecimento ou pedidos de marcação de perícia é prejudicada porque não houve nenhum tipo de capacitação, segundo a dirigente Valeska Pincovai. “Não há orientação alguma e o gestor também não está preparado para isso: ele recebe os documentos, não protocola e não encaminha porque, na maioria das vezes, não sabe o que fazer e guarda em uma gaveta. A conclusão é que o bancário doente fica em casa sem apoio nenhum e depois ainda recebe comunicado do banco de abandono de emprego. Isso afeta ainda mais seu estado psicológico”, conta.

“O que ponderamos é que essa mudança traz de fato grandes problemas para quem já está afastado, que deve encontrar junto ao banco um tratamento que agilize e não agrave mais a saúde do trabalhador”, diz Marta.

O Sindicato formalizou uma reivindicação de solução do problema ao Itaú, mas ainda não obteve resposta.


Mariana de Castro Alves – 6/3/2014

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