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II Censo da Diversidade vai até 25 de abril

Linha fina
Objetivo é traçar perfil da categoria a fim reduzir a desigualdade que atinge grupos como negros, PCDs, gays, lésbicas, transexuais e travestis
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São Paulo - A categoria bancária luta incessantemente por igualdade de oportunidades, mas a realidade dentro dos bancos é dura, principalmente para negros, pessoas com deficiência, gays, lésbicas, transexuais e travestis. Os salários são desiguais e as oportunidades de ascensão profissional são poucas ou inexistentes. E para traçar um perfil da categoria em busca de mudar esse quadro, em 2008, cerca de 200 mil bancários de todo Brasil – o que representou 50% da categoria à época – responderam ao primeiro censo que resultou no Mapa da Diversidade.

Passados seis anos, o que mudou na categoria e o que avançou? Participando, em breve os bancários poderão saber. Entre 17 de março e 25 de abril, todos devem responder ao II Censo da Diversidade, conquista da mobilização dos trabalhadores. “A partir das respostas, poderemos cobrar políticas eficazes com objetivo de diminuir as desigualdades. O Mapa da Diversidade é uma reivindicação do movimento sindical para o fim de toda forma de discriminação em bancos públicos e privados”, destaca a diretora executiva do Sindicato Neiva Ribeiro.

Como responder – Com o slogan Somos diferentes, somos iguais , o censo estará disponível na internet no endereço www.febraban-diversidade.org.br. São questões sociais e profissionais e as respostas são sigilosas e confidenciais. Um glossário sobre alguns termos, como o que significa a sigla LGBT, o que é identidade de gênero, transgênero, entre outras palavras, estará disponível no endereço.

A relação dos bancários que participam foi composta tendo como base a Rais (Relação Anual de Informações Sociais) de dezembro de 2013. Profissionais admitidos em 2014 não estão cadastrados e não responderão.

Muito a ser conquistado – A primeira edição do mapa revelou que as mulheres ganhavam 78% dos salários dos homens e encontravam mais obstáculos para a ascensão profissional. Apenas 19,5% dos bancários eram negros ou pardos, com ganho médio de 84,1% do salário dos brancos. A categoria tinha somente 8% de negras. “Agora, queremos, além dessas informações atualizadas, saber mais sobre as pessoas com deficiência. Nem todos os bancos cumprem as cotas e mais que isso: não oferecem oportunidades para os deficientes crescerem na carreira”, alerta Neiva.

Xô, preconceito! – “Nossa luta por cidadania e uma sociedade justa e igualitária está em ações como a conquista do censo. Nesta edição, por exemplo, também serão tratadas questões sobre a orientação sexual que devem ser respondidas pelos trabalhadores. O tema é polêmico por conta do preconceito vivido diariamente.

É necessário falar sobre identidade de gênero e o assunto não pode ser, de maneira alguma, um fator de discriminação”, explica a dirigente sindical. Assim é que se avança. O Sindicato foi um dos primei ros no Brasil a debater em mesa de negociação questões sociais. Entre as conquistas, estão os direitos iguais para os casais homoafetivos, realidade desde 2009.


Gisele Coutinho - 14/3/2014
(Atualizado às 17h48 de 18/3/2014)

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