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Engenheiro do BB é afastado depois de reportagem

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Funcionário, que já tinha perdido o cargo e sofrido assédio moral, é mandado para casa, sem prazo de retorno, após divulgação de denúncias feitas ao Sindicato
Imagem Destaque

São Paulo – Um empregado do Banco do Brasil foi afastado de seu trabalho dois dias depois da divulgação de sua história pela Folha Bancária e pelo site do Sindicato. Marcelo de Jesus Silva, de 40 anos, ficará em casa, com o salário de escriturário, sem data definida para retornar, até a conclusão de auditoria interna.

> Bancário é descomissionado após assédio

De acordo com ele, é provável que o afastamento seja represália: “É possível que tenha sido retaliação às denúncias e à matéria”.

O diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi, que tomou conhecimento do afastamento por outros colegas de banco, buscou explicações junto à instituição financeira já na sexta 4. “Nos reunimos com a Gestão de Pessoas e manifestamos nosso repúdio quanto ao afastamento seguido de descomissionamento. Se havia algum problema com o funcionário, por que o banco não o afastou como engenheiro?”

Representantes do BB informaram que a definição da situação de Marcelo se dará após inquérito administrativo sobre assuntos internos.

Ernesto ressalta que representantes do Sindicato acompanharão de perto os desdobramentos do caso e o departamento jurídico da entidade está à disposição do trabalhador prejudicado.

Assédio – Marcelo sofreu assédio moral por meses depois de fazer críticas internas e propor melhorias nas licitações e nas rotinas para manutenção de equipamentos de ar-condicionado e elevadores.

Depois de um ano na área de Engenharia, Marcelo deveria ser avaliado, de acordo com instruções normativas da instituição, o que poderia trazer sua promoção ao cargo de assessor de Engenharia e Arquitetura I. Entretanto, após um ano e nove meses como engenheiro, sem que o banco tivesse avaliado-o negativamente, perdeu seu cargo de comissão.

“Me sinto injustiçado e perseguido”, diz.

Formado em Engenharia Mecânica e Matemática, o bancário começou a perceber o assédio moral depois que passou a não receber mais trabalhos e, assim, fez denúncias ao Sindicato.


Mariana Castro Alves – 4/4/2014

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