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Terceirizados são desrespeitados no CAT Itaú

Linha fina
Refeitório e vestuário são improvisados, não têm espaço suficiente nem ventilação, falta higiene e o mínimo de conforto e infraestrutura necessários. Sindicato exige providências do banco
Imagem Destaque

São Paulo – No Centro Administrativo Tatuapé do Itaú trabalham cerca de 6 mil pessoas. Imagine como seria se esse grande prédio não tivesse serviço de limpeza diário ou controle de circulação, ou ainda se não contasse com bombeiros para evitar ou combater incêndios? Todas essas tarefas, essenciais ao bom funcionamento do local, são realizadas por terceirizados que, apesar da importância, não são valorizados pelo banco.

“Os terceirizados que realizam serviços de limpeza, manutenção, vigilância e de combate a incêndios no CAT não possuem nem refeitório decente”, denuncia a diretora do Sindicato Ana Tércia Sanches.

Ela conta que o grupo tem de se amontoar em um cantinho improvisado, em péssimas condições. O local não conta com ventilação adequada e ainda por cima tem um esquentador de marmita antigo que aquece ainda mais o ambiente.

E os problemas não param por aí: tem apenas um micro-ondas velho e enferrujado para esquentar as refeições, só uma geladeira completamente destruída, com ferrugem, uma prateleira que não fecha e junta muita água. O bebedouro é tão antigo que nem possui sistema de escoamento de água.

Como se não bastasse, não há mesas. “Os trabalhadores têm de se acomodar em bancadas improvisadas com restos de móveis do banco e são obrigados a se alimentar olhando para a parede. Para finalizar, vale dizer que o espaço comporta pouquíssimas pessoas e eles precisam aguardar sua vez para fazer a refeição”, acrescenta o dirigente sindical Sérgio Lopes, o Serginho.

Vestiários – A situação dos vestiários é outro incômodo. Segundo os dirigentes, os locais são apertados, também sem ventilação. Os armários são quebrados e, por falta de espaço, o único banco que existe bloqueia a porta que dá acesso aos chuveiros.

Lixo – E no corredor por onde passam os terceirizados para ir ao refeitório ou ao vestiário a falta de higiene é visível, com caçambas de lixo e produtos de limpeza armazenados sem muito rigor.

“Todo trabalhador merece respeito. Esse grupo de terceirizados serve aos mais de 5 mil bancários que circulam no CAT. O Sindicato já cobrou que o abandono e as más condições de trabalho sejam urgentemente revistos pelo banco. O Itaú é o principal responsável pois é quem na ponta se beneficia da limpeza, arrumação, vigilância e proteção da comunidade que ali circula”, destaca Ana Tércia.

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Andréa Ponte Souza – 23/4/2014

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