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Insegurança assusta bancários na Vila Santander

Linha fina
Sindicato lembra que foi o banco quem deslocou os funcionários para a região e cobra medidas de proteção
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São Paulo - Os bancários da Vila Santander não têm sossego nem quando o expediente acaba. Após passarem o dia inteiro sobrecarregados e pressionados a cumprir metas abusivas, ao deixarem o prédio, entra em cena o medo do ataque de bandidos. Entre o fim de 2013 e abril deste ano, já são ao menos cinco casos.

> Ato no Vila Santander contra pressão e sobrecarga

O Sindicato entrou em contato com a direção do banco mais de uma vez e nada foi feito, apesar das promessas de colocar um carro de apoio em cada porta e interceder junto à Polícia Militar cobrando rondas mais frequentes.

"No final de novembro eles já estavam cientes e já falavam em tomar medidas, mas até agora foram palavras vazias. E ainda dizem que o assunto é tratado com máxima urgência pelo setor de segurança", afirma Carmem Meireles, diretora do Sindicato.

A dirigente lembra que foi o banco quem deslocou os trabalhadores para o prédio, localizado na região do Limão, zona norte de São Paulo. "É uma área com histórico de muitos assaltos, pois não há luz suficiente e nem postos policiais, e o estacionamento não atende a todos. O banco deveria ter mapeado os riscos para saber disso antes de expor os funcionários"

Casos - A primeira denúncia chegou ao Sindicato em novembro do ano passado. Uma bancária relatou assalto em frente ao prédio. "A segunda nós presenciamos. Foi uma tentativa, também bem perto de uma das saídas", lembra Carmem.

Em abril deste ano, mais precisamente no dia 16, o caso mais grave relatado até agora, de sequestro relâmpago: "Os bandidos armados levaram um casal e os fizeram sacar dinheiro, roubaram celular, relógio, pulseira, mochila e mais pertences. Acabaram deixando os dois em um lugar ermo, escuro e bem perigoso", conta Carmem. "O pior é que eles (os bandidos) disseram que estavam há dias acompanhando a movimentação. Ou seja, não é caso isolado. Os marginais estão de olho e o banco não está nem aí".

Menos de uma semana depois, no dia 22, outros dois ataques confirmados pelos dirigentes sindicais.

"Pergunto se Santander vai esperar e deixar o pior acontecer. São muitas mulheres amedrontadas, que chegam muito cedo para o trabalho. Bancários que entram e saem à noite, também nos finais de semana, quando o movimento na rua é ainda menor. É responsabilidade do banco zelar pela segurança dos trabalhadores. Queremos solução rápida e definitiva para acabar com mais esse transtorno. Ao mesmo tempo alertamos aos bancários para que tenham cuidado e, caso sejam vítimas, façam BO e denunciem ao Sindicato", encerra a dirigente.


Redação - 24/4/2014

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