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Cobrança de meta individual na Caixa é contestada

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Gestão de Desempenho de Pessoas começa a ser adotada pela direção sem negociação com os empregados
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São Paulo – Os gerentes-gerais da Caixa integram o primeiro ciclo de trabalhadores atingidos pela nova medida da direção do banco para aumentar a cobrança por venda de produtos: a Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP). Política imposta de forma unilateral e que estará entre as pautas da Campanha Nacional Unificada deste ano.

Segundo o diretor executivo do Sindicato Dionísio Reis, entre as medidas da GDP está a assinatura pelo empregado de um acordo, no qual deve se comprometer com as metas a serem cumpridas em um determinado período, sendo constantemente cobrado para atingi-las. “Atualmente, minimamente, existe uma cobrança coletiva sobre a unidade em relação à sua performance. O que a Caixa pretende agora é institucionalizar a cobrança individual pelo cumprimento de metas”, destaca.

De acordo com cartilha divulgada pela Caixa, a GDP será implantada em ciclos, sendo finalizada em 2016. “Os primeiros a serem responsabilizados pelas metas são os gerentes-gerais, que têm de enviar ao banco quanto venderão em produtos. Depois, a medida se estenderá gradativamente aos demais”, relata o dirigente.

Dionísio Reis afirma ainda que essa mudança, sem qualquer discussão com o movimento sindical, vai ampliar a cobrança por resultados e o assédio moral para a venda de produtos. “A pressão vai aumentar entre os empregados. Da forma como a Caixa tenta impor a GDP, os bancários serão cobrados mesmo se precisarem se afastar devido a adoecimento. Isso é um absurdo com o qual não concordamos. Os empregados têm de entrar na Campanha Nacional Unificada deste ano tendo como uma das prioridades que a Caixa abra o debate sobre a GDP e passe a adotar política que priorize a gestão de pessoas e não apenas e somente a gestão por resultados.”

Na avaliação do integrante da Comissão Executiva dos Empregados, a Caixa tenta se eximir de sua política equivocada de ampliar o número de agências sem o devido acompanhamento da ampliação do número de empregados por unidade. “Com essa GDP o banco quer vender a ideia de que o número de empregados está bom e seu resultado só não é melhor por que há pessoas que não se empenham como deveriam. Mas o problema é outro: caiu o percentual de empregados por agência e ainda aumentou o serviço de cada bancário”, finaliza Dionísio.


Jair Rosa – 25/6/2014

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