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Jornada Internacional de Luta na Bráulio Gomes

Linha fina
Dirigentes denunciam realidade vivida pelos funcionários do Santander por causa das demissões e sobrecarga de trabalho, reflexo da gestão empresarial que prioriza corte de custos
Imagem Destaque
São Paulo – O Sindicato realizou novo protesto, dessa vez na concentração Bráulio Gomes, para cobrar o fim das demissões, a contratação de mais funcionários e melhores condições de trabalho. O ato organizado na terça feira 1º engloba a Jornada Internacional de Luta contra as demissões no Santander Brasil.

A manifestação ocorreu em duas frentes. Dentro do prédio, dirigentes sindicais visitaram todos os andares para entregar aos funcionários exemplares da Rede Global Bancária, publicação da UNI Américas Finanças que evidencia a política de corte de custos que prioriza as demissões e tem como consequência a precarização do trabalho e do atendimento.

Do lado de fora, na Praça Dom José Gaspar, em frente à concentração, dirigentes aproveitaram o grande número de turistas  por conta da Copa do Mundo para denunciar a realidade vivida atualmente pelos bancários da instituição espanhola.

“Enquanto a cidade e o país estão em festa por causa da Copa do Mundo, torcendo pelo Brasil,  o Santander dá como retorno para a sociedade brasileira, as demissões. Isso é torcer contra o Brasil. O jogo tem de ser jogado na bola e não na canela”, criticou o dirigente sindical Marcelo Gonçalves.

Ele ressaltou que na Espanha, que vive uma grave crise, não há demissões compulsórias. “Mas no Brasil, responsável por 20% dos lucros do Santander no mundo, o banco se nega ao diálogo e fecha quase 5 mil postos de trabalho entre março de 2013 e março de 2014.”

Marcelo lembrou que as demissões geram sobrecarga de trabalho e adoecimento aos funcionários remanescentes. Para os clientes, sobra a precarização do atendimento, o que levou o banco a ser campeão de reclamações em 2013. Este ano, continua na mesma trilha, sendo líder do ranking do BC em quatro dos cinco meses avaliados.

“Essa gestão tem de mudar, pois não traz resultados. Prova disso é o lucro líquido trimestral do Santander, que teve queda de 6% de março de 2013 para março de 2014 e de 21,8% em relação a 2011. O Santander precisa respeitar o Brasil e os brasileiros”, cobra o dirigente Marcelo Gonçalves.

Luta internacional – A campanha contra as demissões na instituição espanhola foi planejada na 10ª Reunião Conjunta de Rede Sindicais dos Bancos Internacionais, realizada em Lima, no Peru, nos dias 5 e 6 de junho.

Participaram do encontro dirigentes sindicais do Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e México, além de representantes das Comissiones Obreras (CCOO) e da UGT, as duas principais centrais sindicais da Espanha. A indignação geral causada pela gestão equivocada do banco no Brasil gerou a promoção da campanha internacional contra as demissões, que teve início na sexta-feira 27. 


Rodolfo Wrolli – 1/7/2014
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