São Paulo – Um aumento expressivo nas mensalidades do Economus para contribuintes deixou perplexos os funcionários do Banco do Brasil que são oriundos da Nossa Caixa.
A alta, variável por faixa etária, atinge principalmente os mais idosos. Por exemplo, se o bancário tem como dependente mãe ou pai com mais de 59 anos, o plano subiu 64,01%, passando de R$ 970,82 para R$ 1.592,27. Para filhos de 24 a 28 anos, o aumento foi de 33,88%, indo de R$ 252,83 para R$ 287,04. Veja os aumentos aqui.
Com a mudança, os contribuintes dos planos Plus e Plus II mudarão para o chamado “Economus Família” automaticamente. Caso não queiram aderir, ficarão nos programas originais e terão de se manifestar.
Prazo e críticas – A partir da pressão de dirigentes do Sindicato e da Comissão de Empresa, o prazo para o contribuinte decidir se deve ou não aderir ao novo plano foi ampliado. Na sexta 4, o site do instituto informou que o trabalhador tem até 14 de julho para se manifestar. Até o dia anterior, o prazo para solicitar o cancelamento era 9 de julho.
Para o conselheiro fiscal suplente do instituto e dirigente sindical Irinaldo Barros, trata-se de uma decisão "obscura". "Ficamos sabendo da mudança por um informe publicado no site do Economus em 2 de julho, mas com validade a partir do dia anterior", conta. "Não houve nenhum tipo de preocupação de fazer uma divulgação ampla e correta. Além de divulgar os valores com atraso e na calada da noite, estavam com um prazo muito curto para o funcionário decidir."
Para a criação do novo plano junto à ANS, houve a aprovação do Conselho Deliberativo em fevereiro de 2014. Irinaldo, que não tem acesso às decisões, critica o aumento e o posicionamento dessa instância: "os trabalhadores do Banco do Brasil vindos da Nossa Caixa não podem ficar reféns de aumentos abusivos. Vamos continuar disputando os espaços de representação no Economus para que os funcionários possam ser ouvidos e devidamente informados de qualquer modificação nos planos".
Mariana Castro Alves – 4/7/2014
