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Sindicato pede negociação sobre o Economus

Linha fina
Plano de saúde dos trabalhadores do Banco do Brasil oriundos da Nossa Caixa tem até 64% de aumento. Reivindicação é por ampliação do prazo e revisão da medida
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São Paulo – Contra a mudança obscura que trouxe aumento abusivo no Economus, representantes do Sindicato estão tomando medidas na defesa dos assistidos do plano de saúde.

“Primeiro, vamos mandar carta ao Conselho Deliberativo do instituto e à diretoria do Economus solicitando mais prazo e explicações sobre o motivo de terem aprovado as alterações dos planos. Queremos uma posição dos eleitos pelos trabalhadores sobre esses aumentos, como também da falta de informação para o corpo social. Ao BB, reivindicaremos sua responsabilidade enquanto mantenedor e o cancelamento do novo plano que prejudica os funcionários. Acreditamos que possa haver negociação, mas, caso não ocorra, estamos avaliando quais medidas administrativas e jurídicas tomar para a proteção do assistido”, afirma João Fukunaga, dirigente sindical.

Uma bancária, sem ter mais condição de pagar a mensalidade, afirmou que infelizmente será obrigada a procurar outro plano. “O Economus informou à trabalhadora que levará dez dias para levantar a documentação, necessária para a contratação de um outro plano. Isso tudo é abusivo porque a pessoa vai ficar sem proteção”, destaca Fukunaga.

Abusivo – O dirigente relata que o Economus Família, de abrangência estadual, ficou mais caro que o Cassi Família, que tem cobertura nacional. “Ou seja, é injusto com os funcionários que vieram da Nossa Caixa.”

As mensalidades do Economus subiram tanto que seus contribuintes estão procurando o Sindicato para saber o que fazer. Para os trabalhadores atingidos, “a orientação é cobrar informação e transparência do Economus  e cobrar dos eleitos ao Conselho Deliberativo, que já tinham aprovado a mudança em fevereiro de 2014”, explica Irinaldo Barros, dirigente sindical e conselheiro fiscal suplente do instituto, que teve acesso vetado pelos eleitos a participar das reuniões, inclusive da que aprovou a mudança. Outra orientação é denunciar à ANS, Agência Nacional de Saúde Suplementar, que regula planos de saúde no Brasil.

Entenda – Os aumentos, que variam conforme a faixa etária, foram divulgados com atraso, no dia 2, após sua implantação, em 1º de julho. Com a mudança, quem estava nos planos Plus e Plus II foi obrigado a mudar para o Economus Família, automaticamente, que custará até mais de 64% para determinadas faixas etárias. Quem não quiser permanecer no novo plano, deverá se manifestar pelo site da instituição até dia 14, tendo de procurar outros convênios no mercado.

Os mais atingidos foram os bancários com dependentes mais idosos. Um trabalhador com mãe de mais de 59 anos como dependente, por exemplo, pagará R$ 1.592,27, sendo que pagava R$ 970,82, ou seja, aumento de 64,01%.


Mariana Castro Alves – 10/7/2014

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