São Paulo - Chega de sufoco: por mais empregos e melhores salários! Esse talvez seja o principal recado dado aos bancos pelos 10.606 bancários que responderam à consulta feita pelo Sindicato para embasar a pauta de reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2014. Em relação às questões econômicas que devem estar na mesa de debates, a esmagadora maioria (73%) quer aumento real para os salários.
E 59% dos trabalhadores indicam que o índice para esse reajuste seja de até 12% (para uma inflação projetada em 6,76%). Pagamento de 14º salário ficou com 69% das respostas, PLR maior com 60%, não desconto da participação nos lucros dos programas próprios bateu a casa dos 44%, PCCS para todos chegou aos 41% e a ampliação do piso com 37%.
Chegou a 82% a reivindicação de vale-refeição/alimentação maior. Auxílio-educação para todos tem 56% e auxílio-creche de um salário mínimo, 43% das respostas. Este ano, o debate das metas abusivas e do combate ao assédio moral dividiu espaço com uma nova reivindicação: o fim da sobrecarga de trabalho.
Emprego – Essa pauta vem da clara preocupação dos bancários com as demissões promovidas pelos bancos e do sufoco para quem fica. Em 2013 foram extintos mais 11 mil postos de trabalho nos maiores bancos privados e Banco do Brasil. Só a Caixa contratou. Diante disso, chega à casa dos 68% os bancários que definiram como prioridade o fim das demissões e a necessidade de mais contratações. Outros 54% querem respeito à jornada de seis horas e 52% o fim das terceirizações.
“A consulta deixa claro, esse quadro de desrespeito aos trabalhadores tem de mudar”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “E isso vai acontecer com a participação dos bancários. Mais de 10 mil responderam e 77% manifestaram sua disposição de mobilização ao lado do Sindicato”, destaca a dirigente.
Redação - 15/7/2014
(Atualizada às 21h56 de 17/7/2014)
