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Lucro do Bradesco sobe 22,9% no semestre

Linha fina
Resultado líquido nos primeiros seis meses do ano bateu a casa dos R$ 7,2 bi e mesmo assim banco cortou 1.462 postos de trabalho
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São Paulo – O Bradesco não para de crescer. Em balanço divulgado na quinta-feira 31, o banco informou que o lucro líquido ajustado do primeiro semestre de 2014 chegou a R$ 7,2 bilhões, variação de 22,9% ao mesmo período de 2013, quando bateu a casa dos R$ 5,9 bilhões. Esse número significa rentabilidade de 20,7% sobre o patrimônio líquido da empresa que somou, em junho de 2014, R$ 76,8 bilhões, 16,3% mais que junho do ano passado.

O resultado provém em grande parte das atividades financeiras do banco (71% do total), como operações crédito, tesouraria, serviços etc. Outros 29% foram gerados pelas atividades de seguros, previdência e capitalização.

“Apesar desse excelente resultado, amealhado primordialmente graças aos bancários, o Bradesco cortou 1.462 postos de trabalho neste seis meses, tornado difícil a rotina dos empregados que ficam. Um desserviço também aos seus clientes e a toda a sociedade”, critica a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Uma instituição que cresce dessa maneira deve ao país retorno em criação de empregos, mais acesso ao crédito e melhores condições de trabalho aos funcionários. O Bradesco está devendo, ainda, uma PLR maior aos bancários, outros bancos já o fazem. Vamos cobrar isso na Campanha Nacional Unificada 2014 que está começando”, reforça a dirigente.

“Com todo esse lucro, também não há justificativa para a redução da rede física do banco, que conta agora com 4.680 agências – 12 a menos do que em junho de 2013 – e 3.497 postos de atendimento – redução de 298 postos em relação ao mesmo mês do ano passado”, completa.

As despesas de pessoal somaram R$ 6,7 bilhões no primeiro semestre de 2014, variação de 7,6% em doze meses quando somou R$ 6,2 bi. As receitas de prestação de serviço e tarifas totalizaram R$ 10,4 bilhões nesses primeiros seis meses do ano –  10,9% mais em relação ao mesmo período de 2013, quando foi R$ 9,395 bi.

Diante desse quadro, o banco passou a economizar ainda mais com a folha de pagamentos: nos seis meses deste ano, a relação entre receitas com tarifas e os gastos com pessoal ficou em 155%, quando era de 150% no primeiro semestre de 2013.

Mais – Os ativos totais do Bradesco chegaram a junho de 2014 com saldo de R$ 931,1 bilhões, crescimento de 3,8% em relação ao saldo de junho de 2013.

A carteira de crédito atingiu R$ 435,231 bilhões no semestre, evolução de 8,1% em relação ao saldo desse período do ano passado. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 135 bi (crescimento de 9,6% em relação a junho de 2013), enquanto as operações com pessoas jurídicas atingiram R$ 300,1 bi (crescimento de 7,5% em relação a junho de 2013).

O índice de inadimplência superior a 90 dias recuou 0,2 p.p. nos últimos doze meses, e encerrou 30 de junho de 2014 em 3,5%. Em 2013 estava em 3,7%.


Cláudia Motta - 31/7/2014
 
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