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Sipon para gerentes começa a valer na Caixa

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Medida atende antiga reivindicação da categoria e momento agora é de acompanhar a implementação e lutar por mais avanços
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São Paulo - O registro do ponto eletrônico passou a ser obrigatório na sexta- feira 1º também para os empregados lotados em unidades da Caixa ocupantes de função gerencial. A medida atende a antiga reivindicação dos trabalhadores. A exceção são gerentes gerais e, no caso das Superintendências Regionais, os regionais e os superintendentes regionais.

Não é de hoje que as entidades do movimento associativo e sindical lutam por melhores condições de trabalho e, principalmente, pelo cumprimento da jornada de seis horas diárias, conquistada em 1985, após uma greve histórica que mobilizou todo o país. Ao longo dos anos, o registro incorreto do ponto tem gerado a extrapolação da jornada, o trabalho gratuito e outros tipos de fraudes que prejudicam os empregados.

Foi no início dos anos 90 que a mobilização das entidades se intensificou para coibir os abusos. Foram necessárias paralisações, dias nacionais de luta e até acionar órgãos de fiscalização. “O empregado marcava o ponto e continuava trabalhando. Nesse período, acionamos a Delegacia Regional do Trabalho em agências de São Paulo (capital), o que repercutiu nacionalmente. A Caixa teve de pagar uma quantia vultosa em horas extras em todo o país”, lembra Plínio Pavão, empregado do banco e ex-diretor da Contraf/CUT.

A pressão dos trabalhadores e das representações forçou a empresa a implantar, em 2000, uma primeira versão do Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon). Mas a medida não foi suficiente para evitar que a jornada continuasse sendo burlada e os empregados lesados pelo não pagamento das horas extras. “Uma das finalidades do Sipon é mostrar a sobrecarga a que estão submetidos os empregados, o que causa cada vez mais adoecimento no ambiente das unidades”, ressalta Plínio Pavão.

De 2006 a 2007, por força da crescente cobrança da categoria, a Caixa efetivou a vinculação da marcação do ponto aos sistemas utilizados no banco. Mesmo assim, os problemas continuaram, e as entidades sindicais intensificaram a mobilização, seja nas mesas de negociação permanente ou em campanhas salariais, pelo aperfeiçoamento do Sipon.

Entre outros pontos, o movimento dos empregados pressiona o banco a adotar o login único para acesso aos aplicativos corporativos. Com esse instrumento, que segue nas pautas de reivindicações, o empregado só pode logar em uma máquina por vez e fica proibido de acessar os sistemas do banco após registrar a saída no Sipon, diminuindo as chances de abusos.


Fenae Net, com edição da Redação - 1º/8/2014
 

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